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Pezão descarta racionamento e diz que Rio está preparado

Governador disse que o Rio "não é melhor nem pior que nenhum estado", mas fez muitas obras, muitos investimentos, mudou a captação de águas de algumas cidades


	Luiz Fernando Pezão: “não queremos prejuízo de ninguém, agora, se alguém for penalizado, serão as empresas primeiro. Nossa prioridade é o abastecimento humano"
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Luiz Fernando Pezão: “não queremos prejuízo de ninguém, agora, se alguém for penalizado, serão as empresas primeiro. Nossa prioridade é o abastecimento humano" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 13h34.

Brasília - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, minimizou hoje (28) a crise hídrica no estado, que, segundo ele, está em uma situação “um pouco melhor” do que os outros estados da Região Sudeste por ter investido em obras de infraestrutura hídrica nos últimos anos.

Pezão disse que o Rio "não é melhor nem pior que nenhum estado", mas fez muitas obras, muitos investimentos, mudou a captação de águas de algumas cidades. "E, se precisar mudar, vamos mudar de novo”, afirmou o governador, após audiência com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

Segundo Pezão, após problemas com a estiagem entre 2009 e 2013, a Secretaria Estadual do Ambiente e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) investiram em obras para aumentar a captação e garantir o abastecimento do estado, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Na última quinta-feira (22), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o nível do reservatório de Paraibuna, no Rio Paraíba do Sul, atingiu o volume morto e deixou de produzir energia. O Paraibuna é o maior dos quatro reservatórios que abastecem o Rio.

O governador do Rio reconheceu que a atual situação dos reservatórios do Sudeste é grave, mas voltou a descartar possibilidade de sobretaxa ou racionamento de água no Rio de Janeiro nos próximos meses. “Neste momento, não queremos tomar nenhuma dessas medidas porque ainda não é necessário, mas nada está afastado, se a seca se prolongar. Se não chover o suficiente, vamos tomar outras medidas”, disse Pezão, sem adiantar as providências que poderá tomar.

Ele informou que a única medida emergencial do governo fluminense será reforçar uma campanha institucional para estimular a população a economizar água. “Com as obras que fizemos, dá para garantir um ritmo normal [de abastecimento].”

O governador disse que, em caso de restrições de uso da água, as empresas serão as primeiras atingidas, porque a prioridade é o abastecimento humano.

“Não queremos prejuízo de ninguém, agora, se alguém for penalizado, serão as empresas primeiro. Nossa prioridade é o abastecimento humano, que dá para ser garantido por algum tempo ainda.”

De acordo com Pezão, na audiência, Dilma enfatizou a disposição do governo federal de dar apoio financeiro e técnico aos estados que enfrentam a crise hídrica e mostrou-se “muito proativa” para resolver os problemas de abastecimento.

Antes de Pezão, Dilma recebeu o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que está enfrentando uma situação mais grave.

Pimentel disse que o estado corre o risco de ter racionamento “severo” de água daqui a três meses.

Acompanhe diariamente como está a situação dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo na ferramenta de EXAME.com.

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