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Petroleiros programam paralisação de 24 horas

A pauta de reivindicações abrange, além do leilão de Libra e da corrupção na política brasileira, o Projeto de Lei 4330, que aborda a terceirização nos serviços público e privado


	A Petrobras já informou, em nota, que adotará as "medidas necessárias" para garantir a normalidade de suas operações
 (Germano Luders/EXAME)

A Petrobras já informou, em nota, que adotará as "medidas necessárias" para garantir a normalidade de suas operações (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 13h49.

São Paulo - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), as duas entidades que representam os petroleiros no Brasil, já definiram a participação naquele que está sendo chamado de Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações, idealizado pelas centrais sindicais e marcado para esta quinta-feira, 11.

A proposta da categoria prevê interromper as atividades por um prazo de 24 horas, mas sem efeito direto nas operações das companhias, caso da Petrobras.

O coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes, explica que a mobilização começará no início do dia. "Pela manhã, os sindicatos estarão nos locais de trabalho para cortar o ponto de rendição", explicou.

A proposta prevê que os funcionários que iniciariam o turno para render os empregados que trabalharam na madrugada não assumam seus postos. "Esse pessoal irá para as ruas", complementou Moraes.

A FUP ainda avalia qual será o grau de adesão de todas as bases vinculadas à entidade, uma vez que algumas reuniões dos representantes dos trabalhadores estão agendadas para a tarde de hoje, quarta-feira, 10.

Já está certo, porém, que trabalhadores ocuparão as avenidas Paulista, em São Paulo, e Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, além da Praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte. Moraes estima que apenas o pessoal de turno da Petrobras reuniria 30 mil pessoas. O número de terceirizados ligados à Petrobras em todo o País supera 300 mil pessoas.

A Petrobras já informou, em nota, que adotará as "medidas necessárias" para garantir a normalidade de suas operações. Com isso, acredita que não sofrerá com "qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado".


Moraes explica que o objetivo da paralisação não é, de fato, causar prejuízos aos processos produtivos das companhias. A opinião é compartilhada pelo secretário-geral da FNP, Ademir Parrela.

"Nossa prioridade é promovermos uma mobilização contra o leilão de petróleo da área de Libra e a favor da moralização da política no País", destacou o sindicalista, que também é diretor do Sindipetro Litoral Paulista.

Na baixada paulista, a FNP prevê mobilizações nas cidades de Santos, Cubatão, São Vicente e Guarujá. A FNP também confirmou a participação de sindicatos do Rio de Janeiro, São José dos Campos (SP), além de Pará, Amapá, Amazonas, Sergipe e Alagoas, em um universo de aproximadamente 40 mil pessoas.

"O brasileiro está saturado. Queremos que o político olhe mais para o povo", disse Parrela.

A pauta de reivindicações abrange, além do leilão de Libra e da corrupção na política brasileira, o Projeto de Lei 4330, que aborda a terceirização nos serviços público e privado.

"Sob o pretexto de regulamentar a terceirização, o PL pretende 'precarizar' a situação da terceirização", acusa o coordenador geral da FUP. A lei, entre outros pontos, abre espaço para a contratação de terceirizados para as atividades-fins da empresa.

As entidades também apoiam outros temas encampados pelas centrais sindicais, como a redução da jornada de trabalho, o fator previdenciário, a reforma agrária e a necessidade de investimentos em educação, saúde e segurança.

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