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Petrobras não comenta saída da PDVSA de refinaria conjunta

Companhia petrolífera brasileira adiou em várias ocasiões o prazo que fixado à companhia venezuelana apresentar garantias


	Plataforma de petróleo da Petrobras: empresa iniciou construção da refinaria esperando que a PDVSA assumisse sua parte na dívida que a estatal contraiu com BNDES
 (Rich Press/Bloomberg)

Plataforma de petróleo da Petrobras: empresa iniciou construção da refinaria esperando que a PDVSA assumisse sua parte na dívida que a estatal contraiu com BNDES (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h38.

Rio de Janeiro - A Petrobras evitou fazer comentários sobre a suposta rescisão do acordo que a associava a venezuelana PDVSA à refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Ipojuca, na região metropolitana do Recife, desde 2007.

"A Petrobras, por enquanto, não comentará o assunto", disse à agência Efe uma fonte da companhia petrolífera, a qual não negou e nem confirmou a informação divulgada hoje pelo jornal "Valor Econômico".

Segundo a versão jornalística, a Petrobras incorporará a refinaria Abreu e Lima como uma unidade própria de negócios a partir do dia 1º de novembro, decisão com a qual o projeto deixaria de ser considerado como uma associação com a PDVSA.

A companhia petrolífera brasileira adiou em várias ocasiões o prazo que fixado à companhia venezuelana apresentar as garantias com as quais ela pretenderia assumir 40% da participação na refinaria.

Apesar da construção conjunta das instalações ter sido estipulada em 2005 pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez e da refinaria já estar em fase final de construção, a PDVSA não apresentou recursos para o projeto e nem garantias para se responsabilizar por sua parte na dívida contraída pela Petrobras para construí-la.

Inicialmente, as duas empresas acordaram construir uma refinaria binacional no estado de Pernambuco com capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo, na qual a Petrobras teria 60% e a PDVSA 40%.


A refinaria conjunta era um velho sonho do falecido presidente Chávez, principal impulsor do projeto e que viajou em várias oportunidades ao Brasil para avançar nessa associação.

A Petrobras iniciou a construção da refinaria com recursos próprios em 2007, esperando que a PDVSA assumisse sua parte na dívida que a estatal contraiu com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a obra.

Em várias oportunidades, tanto a presidente Dilma Rousseff como a presidente da Petrobras, Graça Foster, asseguraram estar dispostas a negociar com as autoridades venezuelanas para retirar essa associação.

Foster também declarou que, independente do que a PDVSA decidisse, a Petrobras tem planos para começar a operar em novembro de 2014 um primeiro parque com capacidade para refinar 115 mil barris diários de petróleo.

Apesar da previsão do custo da refinaria ter sido estipulado em US$ 2,3 bilhões em 2005, a Petrobras admite que a fábrica, concluída em mais de 80%, consumirá um total de US$ 17,3 trilhões. 

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