Sérgio Gabrielli durante depoimento na CPI da Petrobras, que investiga a compra da refinaria de Pasadena (Pedro França/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 22h22.
São Paulo - Em nota à imprensa divulgada na noite desta segunda-feira, 4, a Petrobras afirma, em relação à matéria intitulada "A Grande Farsa", publicada pela revista Veja neste fim de semana, que tomou conhecimento das perguntas centrais que norteiam os trabalhos das CPI e CPMI da Petrobras por meio do site do Senado, nos dias 14 de maio e 02 de junho, respectivamente, quando foram publicados os planos de trabalho dessas comissões.
"Nestes (planos de trabalho), além das perguntas centrais, constam também os nomes de possíveis convocados, e a relação dos documentos que servem de base para as investigações", diz a estatal.
Segundo a denúncia da revista Veja, teria sido montada uma fraude na CPI da Petrobras para que os depoentes ligados à estatal recebessem previamente as perguntas que os senadores fariam nas sessões da comissão.
"Convém ressaltar que tais informações, tornadas públicas pelas comissões de inquérito, por ocasião do inicio de seus trabalhos, possibilitam a elaboração de centenas de outras perguntas, propiciando à Petrobras a organização das informações necessárias para o melhor esclarecimento dos fatos pertinentes a cada eixo das investigações, quais sejam: Eixo 1 - Refinaria de Pasadena; Eixo 2 - SBM Offshore; Eixo 3 - Segurança nas plataformas; Eixo 4 - Superfaturamento RNEST", afirma a estatal, no comunicado.
A companhia informa também que, após cada depoimento, as dezenas de perguntas feitas pelos Parlamentares são desdobradas em novas perguntas pela equipe da Petrobras de forma a subsidiar os depoimentos subsequentes.
"Assim como toda grande corporação, a Petrobras garante apoio a seus executivos, e ex-executivos, preparando-os , quando necessário, com simulações de perguntas e respostas, para melhor atender aos diferentes públicos, seja em eventos técnicos, audiências públicas, entrevistas com a imprensa, e, no caso em questão, as CPI e CPMI", ressalta.
"Tais simulações envolvem profissionais de várias áreas, inclusive consultorias externas, de modo a contribuir para uma melhor compreensão dos fatos e elucidação das dúvidas."
A Petrobras destaca ainda, na nota, que "continuará disponibilizando todas as informações referentes às suas atividades e reafirma seu compromisso com a transparência e ética que sempre nortearam suas ações".