Plenário da Câmara Municipal de São Paulo durante cerimônia de posse dos novos vereadores e do prefeito Fernando Haddad (Renatto de Sousa/CMSP)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 09h19.
São Paulo - Com o apoio de 51 dos 55 vereadores paulistanos, o petista José Américo (PT) conquistou nesta terça-feira (1) o comando da Câmara Municipal.
Como já se indicava, o prefeito Fernando Haddad começará seu governo com uma base governista recorde na Câmara, formada por 42 vereadores (76,3% do Legislativo) - em seu primeiro ano como prefeito, em 2006, Gilberto Kassab tinha base formada por 33 vereadores; Marta Suplicy (PT) contava, em média, com o apoio de 38 parlamentares em 2001, no início de sua gestão.
A ampla maioria foi garantida após Haddad ceder a vice-presidência do Legislativo ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). A bancada kassabista, a terceira maior com oito vereadores, assinou de última hora apoio à candidatura de José Américo. Logo depois de ser eleito presidente, o petista viu Marco Aurélio Cunha (PSD) ganhar a primeira vice-presidência da Casa.
Cunha enfrentou disputa interna com o bispo da Igreja Universal Souza Santos (PSD), que lançou candidatura avulsa, mas acabou derrotado por 45 votos a 6. A segunda secretaria ficou com Adilson Amadeu, do PTB, partido que também vai comandar a pasta de Esportes com Celso Jatene. A Corregedoria ficou com Rubens Calvo, do PMDB.
Com a nova composição da Mesa Diretora, o PT soma agora em seu governo e na sua base de sustentação da Câmara nove partidos que também dão apoio ao governador Geraldo Alckmin na Assembleia Legislativa. Isso porque o vereador Aurélio Miguel do PR, sigla que não havia sido contemplada com cargos no primeiro escalão, ganhou a segunda vice-presidência.
"A composição da Mesa, com o apoio do PSD, nos dá estabilidade para fazer o primeiro debate da Casa em 2013, que será o da inspeção veicular. Em seguida podemos começar já as audiências públicas para a revisão do Plano Diretor", anunciou Américo, após ser eleito.
A estratégia de alianças petista, orientada e costurada nos bastidores pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é tentar atrair ao máximo os partidos de sustentação ao governo Alckmin - PRB, PTB, PSB, PSD, PMDB, PP, PR, DEM e PV. O objetivo é fragmentar o apoio ao tucano e fortalecer a candidatura do partido ao governo do Estado em 2014 - o mais cotado para disputar as eleições estaduais é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.