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Petista desiste da disputa na Câmara e Falcão elogia Castro

Maria do Rosário (PT-RS) desistiu da candidatura à presidência da Câmara após o presidente do PT, Rui Falcão, elogiar o peemedebista Marcelo Castro (PI)


	Marcelo Castro: "leal a Dilma, Marcelo Castro votou contra o golpe e apoia reforma política. Bom nome para derrotar o Cunha na Câmara", escreveu Falcão
 (José Cruz/Agência Brasil)

Marcelo Castro: "leal a Dilma, Marcelo Castro votou contra o golpe e apoia reforma política. Bom nome para derrotar o Cunha na Câmara", escreveu Falcão (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 16h13.

Brasília - A deputada Maria do Rosário (PT-RS) desistiu nesta quarta-feira da candidatura à presidência da Câmara após o presidente do PT, Rui Falcão, elogiar o peemedebista Marcelo Castro (PI) como um bom nome na disputa, que agora terá 14 candidatos concorrendo pelo comando da Casa.

A petista, que havia registrado sua candidatura perto do prazo final de inscrições para suceder o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi mais uma candidata a se retirar da disputa nesta quarta, após Beto Mansur (PRB-SP) fazer o mesmo mais cedo para apoiar o nome de Rogério Rosso (PSD-DF).

Antes de anunciada a desistência da petista, Falcão usou sua conta no Twitter para elogiar Castro. "Leal a Dilma, Marcelo Castro votou contra o golpe e apoia reforma política. Bom nome para derrotar o Cunha na Câmara", escreveu o dirigente petista.

As retiradas das candidaturas de Rosário e Mansur e também a do deputado Fausto Pinato (PP-SP) indicam que negociações de última hora podem levar a outras desistências antes do início da sessão que escolherá o sucessor do deputado suspenso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou na semana passada. Atualmente 14 parlamentares estão na disputa.

Além de Rosso e Castro, o outro principal nome na disputa é o de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Após uma reunião a portas fechadas que começou no meio da manhã, DEM, PSDB, PPS e PSB anunciaram apoio à candidatura de Maia.

"Dentre os candidatos o que mais reuniu condições de chegar ao segundo turno e agregar votos de outros partidos do primeiro turno para ganhar as eleições é o nosso Rodrigo Maia", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).

Para o líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), o lançamento da candidatura de Castro acabou fortalecendo a campanha de Maia. "Na verdade tem três candidaturas que se apresentam com perspectivas de maior expressão de voto: Rodrigo (Maia), Rosso --que aparentemente está esvaziando um pouco e Rodrigo inflando agora-- e o Marcelo (Castro)", disse.

Ele ressalvou, contudo, que os arranjos feitos agora podem acabar não influenciado o voto no momento final.

NOME ÚNICO

O Palácio do Planalto queria que a base aliada centrasse esforços em torno de um único nome, estratégia que acabou sendo frustrada pela decisão do PMDB de lançar Castro como seu candidato próprio na véspera. O esforço agora é levar Rosso e Maia ao segundo turno.

Ex-ministro da presidente afastada Dilma Rousseff, Castro é visto com desconfiança por ter votado contra o impeachment. A entrada de Castro no jogo também enfraquece a candidatura de Rosso, representante do chamado centrão --grupo de pequenos e médios partidos que inclui PSD, PTB, Pros e PP e que dava sustentação ao comando da Casa no mandato do ex-presidente Cunha.

Em outra frente, racha os votos da oposição ao presidente interino Michel Temer, incluindo do PT e PDT, que outrora chegaram a flertar com a candidatura de Maia.

Abordado por jornalistas após reunião na primeira-secretaria, Rosso afirmou que está no momento avaliando a candidatura de todos e se engajando na busca por votos. Ele disse não ter um cálculo de votos a seu favor, e classificou a entrada de Castro na disputa como "uma variável diferente".

"Uma coisa é ele ser avulso da bancada. Outra coisa é ele ser (o candidato) da bancada", disse. Questionado se estaria cogitando desistir do comando da Câmara, Rosso se limitou a dizer que não.

O grande número de postulantes adiciona imprevisibilidade à votação, já que tende a dispersar votos.

Desde a renúncia de Cunha, no dia 7 de julho, surgiram vários nomes para sucedê-lo. O novo presidente da Câmara cumprirá o mandato até o fim de janeiro de 2017, pois em fevereiro se inicia nova legislatura.

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