Renan Calheiros, presidente do Senado: as petições online contra ele não acabaram com a posse, há menos de uma semana (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 12h13.
São Paulo – As mais de 400 mil assinaturas conseguidas em um abaixo-assinado online não impediram a eleição de Renan Calheiros à presidência do Senado na última sexta-feira. Agora, a movimentação na internet é para tirá-lo do comando da Casa. E já foram conseguidas mais assinaturas que na petição anterior.
Novo abaixo-assinado online coletou até o momento mais de 600 mil nomes na plataforma Avaaz, ferramenta de mobilização social.
Enquanto a primeira petição almejava chegar aos 100 mil, esta tem a intenção de coletar 1,3 milhão de assinaturas, o que representa 1% do eleitorado nacional.
O número é o requerido para que a população possa protocolar textos de leis no Congresso, nos chamados projetos de iniciativa popular.
Não tem, contudo, qualquer sentido prático para a petição. “Mas se 1.360.000 se juntarem a nós, poderemos causar um rebuliço na mídia, desafiar as restrições desta Iniciativa popular e exigir a revogação do presidente do Senado, Renan Calheiros”, diz no site o criador do abaixo-assinado, Emiliano Magalhães.
Ele promete entregar a petição ao Senado e à presidente Dilma Rousseff.
Renan Calheiros renunciou ao cargo de presidente do Senado em 2007, sob várias denúncias, entre elas a de que um lobista pagaria a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso.
As provas apresentadas por ele para provar a própria inocência lhe renderam uma denúncia protocolada pela Procuradoria Geral da República no Supremo Tribunal Federal há duas semanas. A PGR diz que as notas fiscais eram frias, mas o STF ainda não decidiu se aceita a abertura do inquérito.
Desde que foi eleito, veio à tona o uso da verba indenizatória do Senado para o pagamento de um escritório de advocacia em Alagoas sem registro na OAB do estado e cujos serviços ainda não foram esclarecidos por nenhuma das partes.