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Pesquisa medirá a propagação do coronavírus no Brasil

Cerca de 33 mil pessoas de 133 municípios serão submetidas ao teste rápido que detecta a presença de anticorpos ligados a infecção pelo coronavírus

Pesquisa: o estudo quer descobrir o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a taxa de letalidade da covid-19 no Brasil (Sayonara Moreno/Agência Brasil)

Pesquisa: o estudo quer descobrir o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a taxa de letalidade da covid-19 no Brasil (Sayonara Moreno/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de abril de 2020 às 12h34.

O Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) medirá o nível de imunização da população brasileira ao coronavírus, para identificar de que forma o vírus está se propagando pelo país. A pesquisa tem o apoio do Ministério da Saúde, que disponibilizará testes rápidos de coronavírus para a instituição, além de apoio para contratação de uma empresa de pesquisa que fará as entrevistas.

De acordo com o órgão, com o resultado do estudo será possível criar políticas públicas mais eficientes e baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do coronavírus no território brasileiro.

Cerca de 33 mil pessoas de 133 municípios brasileiros serão submetidas ao teste rápido que detecta a presença de anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgC (de infecção mais antiga) a partir de amostras de sangue coletadas. De acordo com o ministério, o trabalho deve esclarecer três questões sobre o vírus no Brasil: o número de infectados, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a taxa de letalidade da covid-19 na região.

 

Nesta terça (14), o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, explicou que o objetivo da pesquisa é estabelecer agora um marco zero da presença de anticorpos e, com outros estudos mais à frente, saber com que velocidade a população está alcançando a imunidade.

“Para que a gente tenha confiança de saber que a nossa população esta andando no ritmo de autovacinação. Tem muita gente assintomática que ganha anticorpos, tem muita gente com forma leve, temos as formas intensas, graves e críticas. É o somatório disso que vai nos dar imunidade”, disse.

Projeto piloto

O projeto piloto teve início no dia 6 de abril, no Rio Grande do Sul. Os pesquisadores dividiram o território gaúcho em oito regiões intermediárias definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Porto Alegre e Região Metropolitana, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias e Santa Cruz do Sul/Lajeado.

Já começaram a ser entrevistadas 18 mil pessoas, que farão o teste rápido para o coronavírus. Em cada município, a pesquisa sorteará aleatoriamente 25 setores para coleta de dados. Em seguida, sorteará dez residências em cada setor e um morador de cada casa, totalizando 250 pessoas por município.

Enquanto aguardam pelo resultado, os entrevistados também responderão a um questionário sociodemográfico e indicarão se estão sentindo sintomas característicos da covid-19. Além disso, todos os participantes receberão orientações sobre assistência médica e isolamento social.

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