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Pesquisa mapeia áreas de risco de deslizamento no Paraná

Em março do ano passado, as chuvas provocaram deslizamentos e a morte de três pessoas no litoral paranaense

Nível dos rios continua baixando, mas segundo a Defesa Civil a situação ainda é crítica em alguns municípios, que decretaram estado de calamidade pública (Virgínia Cardoso/ABr)

Nível dos rios continua baixando, mas segundo a Defesa Civil a situação ainda é crítica em alguns municípios, que decretaram estado de calamidade pública (Virgínia Cardoso/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 15h03.

Curitiba - Os sete municípios do litoral do Paraná têm 84 pontos vulneráveis a deslizamentos e enchentes, colocando em risco 65,5 mil pessoas. Os dados foram apresentados hoje, após levantamento feito pela Defesa Civil e pela Minerais do Paraná (Mineropar). "O resultado dessa pesquisa é um plano que irá nos auxiliar nas próximas ações", disse o chefe da Coordenação da Defesa Civil, major Antonio Hiller. Em março do ano passado, as chuvas provocaram deslizamentos e a morte de três pessoas no litoral paranaense.

Para o mapeamento, os técnicos levaram em conta os deslizamentos de encostas, os alagamentos provocados pela dificuldade de escoar a água e as inundações causadas pela elevação do nível dos rios. O município de Guaratuba registrou 23 áreas de risco. É seguido por Guaraqueçaba, com 17; Paranaguá, com 16; Matinhos e Antonina, com dez cada um; Morretes, com cinco; e Pontal do Paraná, com três. A pesquisa para a elaboração do Plano Preventivo para Controle de Desastres começou em junho de 2011. Em alguns locais, o governo já instalou sirenes para o alerta de desastres.

Uma área ao lado do embarque do ferryboat, em Guaratuba, é um dos que mais preocupam os técnicos. "Esse é um ponto pequeno que representa bastante risco", disse o chefe do setor operacional da Defesa Civil, Romero Nunes da Silva Filho. "Se ocorrer deslizamento, a infraestrutura local será muito afetada." Amostras do solo foram coletadas e a localidade catalogada por um sistema de geoprocessamento.

Em Paranaguá, uma comunidade na região de Floresta, com 19 pessoas pertencentes a sete famílias, está isolada do restante do município desde a madrugada de terça-feira, quando a enxurrada levou uma ponte provisória sobre o Rio Jacareí. De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil no município, Paulo Emmanuel do Nascimento Júnior, essa e outras sete pontes na zona rural são provisórias desde as chuvas do ano passado e, agora, aguarda-se a reconstrução de todas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), com recursos do governo federal.

Por outro lado, a escassez de chuvas já atinge 27 municípios, sobretudo nas regiões oeste e sudoeste do Estado. De acordo com a Defesa Civil, até ontem a estiagem afetava pouco mais de 159,8 mil pessoas. Os municípios estão realizando trabalhos de avaliação dos danos e, até agora, nenhum dos municípios decretou situação de emergência.

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