Tebet e Ciro: os dois presidenciáveis têm hoje 7% e 9% das intenções de voto, respectivamente (montagem Exame - BTG Pactual e Agência Senado/Reprodução)
Carolina Riveira
Publicado em 12 de setembro de 2022 às 12h53.
Última atualização em 12 de setembro de 2022 às 12h59.
Oito em cada dez brasileiros (81%) já estão decididos e dizem que não mudam mais de voto para presidente antes das eleições, segundo nova rodada da pesquisa eleitoral BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira, 12.
Só 17% afirmam que ainda podem trocar de candidato até o primeiro turno, em 2 de outubro.
Nessa fatia, o pouco espaço restante para variações está sobretudo nos eleitores de candidatos que não são Lula e Bolsonaro, um grupo que mostra estar mais passível a mudar de voto.
Dentre os eleitores de Ciro Gomes (PDT, que tem 9% das intenções de voto) e Simone Tebet (MDB, que tem 7% das intenções de voto), mais de um terço dos potenciais eleitores afirmam que podem ainda mudar de voto até outubro.
Por outro lado, dentre os eleitores de Lula e Bolsonaro, a escolha está quase selada: só 10% ou pouco mais afirmam que ainda podem mudar de voto. (veja no gráfico abaixo)
"Uma das razões para a eleição presidencial de 2022 apresentar um quadro quase estático está na certeza de voto. Mesmo antes do início oficial das campanhas, o número já era bastante alto", disse em nota junto à pesquisa André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa. Em março, na mesma pesquisa, 71% dos eleitores já afirmavam não mais mudariam de ideia sobre seu candidato a presidente. Desde então, o cenário nas pesquisas variou pouco e muitas vezes dentro da margem de erro.
"No momento, a possibilidade de os eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet migrarem seus votos até o 1º turno é uma das poucas variáveis que podem alterar o jogo até o dia da eleição."
Ao todo, na sondagem de primeiro turno desta semana, Lula tem 41% dos votos, contra 35% de Bolsonaro. A vantagem do petista têm diminuído, mas de forma lenta, uma má notícia para a campanha do presidente Bolsonaro. Com esse resultado, porém, Lula tem somente 44% dos votos válidos (quando se exclui brancos e nulos), de modo que haveria um segundo turno da eleição. Para uma vitória no primeiro turno, um candidato precisa de maioria dos votos válidos.
A pesquisa é do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) e registrada no TSE sob o número BR-06321/2022. O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 09 e 11 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Dos eleitores de Ciro e Tebet que dizem poder mudar de voto até o primeiro turno, Lula é a segunda opção de uma fatia maior de pessoas do que Bolsonaro.
Por enquanto, fatia relevante desses eleitores também dizem que podem trocar de Ciro para Tebet (16%) ou de Tebet para Ciro (38%).
Já Bolsonaro tem maior preferência como segunda opção dos que dizem votar em "outros" candidatos que não os quatro primeiros. (Ao todo, são dez presidenciáveis com situação regular na Justiça Eleitoral, mas os demais que não sejam Bolsonaro, Lula, Ciro ou Tebet somam, juntos, somente 3% dos votos.)
(*Dentre os que dizem votar em Ciro, mas que responderam que ainda podem mudar de ideia)
(*Dentre os que dizem votar em Tebet, mas que responderam que ainda podem mudar de ideia)
(*Dentre os que votam em outros candidatos que não Lula, Bolsonaro, Tebet ou Ciro, mas que responderam que ainda podem mudar de ideia)
(*Dentre os que votam branco, nulo ou em nenhum candidato como primeira opção até agora, mas que responderam que ainda podem mudar de ideia).