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Pesquisa eleitoral: diferença entre Lula e Bolsonaro é de 6 pontos, a menor da série, diz BTG/FSB

Lula tem 41% e Bolsonaro tem 35% dos votos no primeiro turno, segundo nova pesquisa presidencial BTG/FSB

Lula e Bolsonaro: chance maior de segundo turno (Ricardo Stuckert/Adenir Britto/PMSJC/Divulgação)

Lula e Bolsonaro: chance maior de segundo turno (Ricardo Stuckert/Adenir Britto/PMSJC/Divulgação)

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Carolina Riveira

Publicado em 12 de setembro de 2022 às 09h28.

Última atualização em 13 de setembro de 2022 às 00h37.

A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições presidenciais chegou a seis pontos percentuais contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo nova rodada da pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira, 12. A diferença é a menor da série histórica na mesma sondagem.

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Apesar da distância menor entre os candidatos líderes, a pesquisa mostra cenário de estabilidade. Desde a última sondagem, na semana passada, os dois candidatos oscilaram somente dentro da margem de erro (-1 ponto para Lula e +1 ponto para Bolsonaro). Os mais bem colocados da chamada "terceira via", Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), também oscilaram para cima, ganhando um ponto cada.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados, no primeiro turno:

  • Lula teve 41% dos votos (contra 42% na última pesquisa);
  • Bolsonaro teve 35% (antes, 34%);
  • Ciro Gomes teve 9% (antes, 8%);
  • Simone Tebet teve 7% (antes, 6%).
  • Nenhum, não sabem/não responderam e brancos e nulos somam 7%.

A pesquisa é do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 09 e 11 de setembro.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-06321/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança é de 95%.

VEJA TAMBÉM: Em quem podem votar os eleitores de Ciro e Tebet

Nas regiões, Bolsonaro segue levando vantagem no Sudeste, onde ultrapassou Lula nas últimas pesquisas (37% a 34%). A região tem sido vista como crucial na eleição e é onde candidatos têm empregado alguns dos maiores esforços de campanha.

Pelo resultado, Lula tem 44% dos votos válidos e, assim, haveria um segundo turno no momento. Há três semanas, o ex-presidente tinha 49% dos votos válidos na mesma pesquisa. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa da maioria dos votos válidos, excluindo brancos e nulos (isto é, 50% dos votos válidos e mais um voto, ao menos).

VEJA TAMBÉM: Datafolha para presidente: Lula mantém 45%; Bolsonaro vai de 32% para 34%

Espontânea

Na pergunta espontânea, quando os próprios entrevistados tiveram de apontar um nome escolhido, Lula oscilou -1 ponto e Bolsonaro se manteve estável em relação à semana passada. Tebet subiu +2 pontos e Ciro Gomes, +1 ponto.

A vantagem de Lula na espontânea também é de seis pontos contra Bolsonaro:

  • Lula teve 39% das intenções de voto na espontânea (antes, 40%);
  • Bolsonaro teve 33% (estável);
  • Ciro Gomes teve 6% (contra 5% na última pesquisa);
  • Simone Tebet teve 5% (3% na última pesquisa).

Segundo turno

As intenções de voto também continuam estáveis no segundo turno. Lula e Bolsonaro oscilaram ambos -2 pontos na sondagem (enquanto quem respondeu que não vota subiu +2 pontos). A vantagem de Lula segue de 13 pontos percentuais.

Na pesquisa para o segundo turno, os resultados foram:

  • Lula: 51% dos votos;
  • Bolsonaro: 38%.
  • Não votará e não sabe/não respondeu: 10%.

"Embora a diferença entre Lula e Bolsonaro tenha oscilado de 8pp para 6pp no primeiro turno, na simulação de segundo turno a distância se manteve em 13pp a favor do petista. E os números confirmam a tendência cada vez mais provável de termos segundo turno", disse em nota junto à pesquisa Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

81% têm decisão tomada

A pesquisa desta semana foi feita após os atos de 7 de setembro, com pouca mudança, já que as oscilações foram dentro da margem de erro.

Analistas da FSB apontam que o cenário, sobretudo diante da campanha eleitoral "antecipada" informalmente nos últimos meses, tem ficado estável, com eleitores de Lula e Bolsonaro já muito decididos.

Perguntados se poderiam mudar de voto até as eleições de outubro, 81% dos brasileiros afirmaram que "não", enquanto só 17% disseram que podem mudar. Entre eleitores de Lula e Bolsonaro, o percentual é de quase 90% que não mudariam mais de voto.

"No momento, a possibilidade de os eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet migrarem seus votos até o 1º turno é uma das poucas variáveis que podem alterar o jogo até o dia da eleição", diz André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa. 

Dentre os eleitores de Ciro Gomes, 34% disseram que podem mudar de voto e, em Tebet, 36%. Entre quem vota em outros candidatos, 57% disseram que podem mudar de voto.

Na busca pelos poucos eleitores que podem mudar de voto, Lula está ligeiramente melhor posicionado.

  • O percentual de pessoas que responderam que "poderiam votar" no petista (dentre os que ainda não votam) é de 19%, contra 12% de Bolsonaro;
  • A rejeição (não votaria de jeito nenhum) de Lula é de 47%, contra 56% de Bolsonaro.

Veja como foram as últimas pesquisas eleitorais de 2022:

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