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Pesquisa aponta índice elevado de sífilis em indígenas

De acordo com o estudo, a prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi 1,43%, índice considerado elevado pelos pesquisadores

Até o momento foram testados 45.612 indígenas, o que representa 54,7% da população indígena do Amazonas e de Roraima (Divulgação/Funai/Divulgação)

Até o momento foram testados 45.612 indígenas, o que representa 54,7% da população indígena do Amazonas e de Roraima (Divulgação/Funai/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 16h39.

São Paulo - Uma pesquisa baseada no uso de tecnologia inédita para realizar testes de sífilis e HIV nas aldeias permitiu rastrear a presença dessas doenças na população indígena nos Estados do Amazonas e de Roraima. Os primeiros resultados da pesquisa foram divulgados hoje. O teste é feito em 20 minutos, e o diagnóstico permite o início imediato do tratamento para os pacientes. De acordo com o estudo, a prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi 1,43%, índice considerado elevado pelos pesquisadores.

A prevalência de HIV foi de 0,1% na população testada, baixa quando comparada ao índice da população geral do País (0,6%). Em gestantes indígenas, o porcentual de sífilis foi 1,03%, um pouco mais baixa que as taxas encontradas em gestantes que moram nos grandes centros urbanos (1,6%). Já a prevalência de HIV nesse grupo foi de 0,08%.

Até o momento foram testados 45.612 indígenas, com mais de dez anos, o que representa 54,7% da população indígena do Amazonas e de Roraima. No total, serão testados pelo projeto 83.311 indígenas dos dois Estados, pertencentes a 195 etnias.

A intenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é levar os testes para outras comunidades indígenas do País ainda este ano, devido ao contato dos índios com os não índios. A primeira etapa do projeto termina em 30 julho. A mesma tecnologia de testes para sífilis deve ser utilizada para gestantes em todo o País, por meio do Rede Cegonha.

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