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Peso da indexação na inflação passa de 40%

Preços neste ano carregam uma “herança maldita de 2010” segundo economista

Em períodos de escalada inflacionária, o ímpeto dos agentes econômicos de indexar preços é retomado (EXAME.com)

Em períodos de escalada inflacionária, o ímpeto dos agentes econômicos de indexar preços é retomado (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h23.

São Paulo - Mais de 40% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe são de produtos ou serviços que, de alguma forma, levam em consideração aumentos da inflação passada em seus reajustes, formal ou informalmente. No caso do IPCA, o peso desses itens é de 46% e no IPC-Fipe é de 44%, apontam estudos da Tendências.

“A indexação da economia já foi muito maior”, afirma o sócio da consultoria, Juan Jensen, destacando que, em períodos de escalada inflacionária, o ímpeto dos agentes econômicos de indexar preços é retomado.

Bráulio Borges, economista chefe da LCA Consultores, ressalta também que, neste ano, os preços carregam uma “herança maldita de 2010” num momento ruim como o atual, em que as commodities estão em alta. Isto é, a referência para os reajustes neste ano é o IPCA do ano passado, que atingiu 5,91%. Esse parâmetro é bem superior ao de 2010, que havia sido de 4,3%: a inflação acumulada em 2009.

Nas contas de Borges, para um IPCA estimado em 5,2% para este ano, os preços dos serviços livres devem subir 7,7%, praticamente a mesma variação registrada em 2010 (7,6%) por causa da “herança maldita”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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