O processo avalia se Demóstenes quebrou o decoro parlamentar devido às suas ligações com o empresário Carlinhos Cachoeira (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 16h29.
Brasília - O senadores que integram o Conselho de Ética do Senado rejeitaram hoje (5) o pedido da defesa de Demóstenes Torres (sem partido-GO) para realização de perícia nas gravações da Polícia Federal que indicam envolvimento dele com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
A defesa argumenta que as gravações foram adulteradas e que as frases que indicam o envolvimento do senador foram avaliadas de forma descontextualizada.
“Há sim graves e sérios indícios de supressão de texto e edição de diálogos que podem vir a influenciar o julgamento e causar a nulidade do processo analisado pelo Supremo Tribunal Federal”, defendeu o advogado Marcelo Turbay.
No entanto, o relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), considerou as perícias "desnecessárias, impertinentes e procrastinatórias", no que foi apoiado pelos demais membros do Conselho.
De acordo com o relator, o pedido foi indeferido pela inexistência de "qualquer fato que coloque em dúvida ou suspeita" as gravações. Costa quer que o parecer final do Conselho de Ética seja votado no plenário do Senado antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho.
O processo avalia se Demóstenes quebrou o decoro parlamentar devido às suas ligações com o empresário Carlinhos Cachoeira. As suspeitas são de que o senador teria colocado seu mandato a serviço da suposta organização criminosa comandada pelo empresário goiano.