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Penitenciária de Alcaçuz vive 7º dia consecutivo de rebelião

Detentos amanheceram nos telhados da penitenciária onde 26 foram assassinados por ordem do PCC

Alcaçuz: grupos voltaram a ocupar áreas livres, mesmo depois da repressão da véspera (Reuters)

Alcaçuz: grupos voltaram a ocupar áreas livres, mesmo depois da repressão da véspera (Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 13h49.

São Paulo - Pelo sétimo dia consecutivo, presos continuam nesta sexta-feira amotinados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, onde tropas do Exército começam a chegar para reforçar a segurança.

Os detentos amanheceram nos telhados da penitenciária onde 26 deles, pertencentes à facção Sindicato do Crime, foram brutalmente mortos por ordem do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sábado.

Ontem, os presos promoveram uma batalha campal no presídio. Um porta-voz da Polícia Militar do Rio Grande do Norte disse à Agência Efe que "possivelmente há mortos" no confronto, mas "ainda não se sabe quantos".

Os agentes tentaram conter a confusão lançando bombas de efeito moral e disparando com balas de borracha. Depois, a tropa de choque chegou a intervir para por fim à guerra declarada entre as facções e retirar feridos, mas os grupos voltaram a ocupar livremente as áreas comuns do complexo penitenciário nesta sexta-feira.

A primeira rebelião em Alcaçuz ocorreu na tarde de sábado, depois do horário de visitação, quando presos do pavilhão 5, onde estavam os integrantes do PCC, invadiram a ala 4, do Sindicato do Crime.

O governo do Rio Grande do Norte realizou nesta semana a transferência de detentos perigosos para outras prisões do país, o que provocou uma onda de ataques a ônibus e delegacias.

O presidente Michel Temer autorizou o uso do Exército para garantir a segurança nas ruas e está previsto que hoje os militares comecem a patrulhar os principais pontos turísticos do estado.

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