Brasil

Pena de sócio de Valério já chega a 14 anos no STF

A expectativa da Corte é de analisar, ainda nesta sessão, as penas de outro ex-sócio de Valério, Cristiano Paz

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 16h57.

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira pena de pelo menos 14 anos de prisão para Ramon Hollerbach, ex-sócio do empresário Marcos Valério, apontado como principal operador do mensalão.

Hollerbach foi condenado por formação de quadrilha (2 anos e 3 meses), corrupção ativa por contratos com a Câmara dos Deputados (2 anos e 6 meses), peculato na Câmara (3 anos), corrupção ativa por contratos com o Banco do Brasil (2 anos e 8 meses) e peculato por bônus de volume e o fundo Visanet (3 anos 10 meses e 20 dias).

Ele foi condenado, ainda, por corrupção ativa a parlamentares, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, cujas penas ainda não foram estabelecidas. Hollerbach também recebeu diversas multas, cujos valores ainda serão calculados.

A legislação brasileira prevê que condenados a mais de 8 anos de prisão cumpram a pena em regime fechado. A punição máxima no país é de 30 anos de reclusão.


A punição de Valério, primeiro condenado a ter seus crimes analisados na fase da dosimetria, chegou a 40 anos e 1 mês de prisão na soma de todas as penas, além de multa que pode chegar a 3 milhões de reais. A pena final ainda poderá ser revista pelos ministros.

Valério foi condenado por corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O ministro Marco Aurélio Mello ainda não votou sobre as penas relativas a evasão de divisas e um dos crimes de corrupção ativa imputados a Valério.

A expectativa da Corte é de analisar, ainda nesta sessão, as penas de outro ex-sócio de Valério, Cristiano Paz.

O relator, Joaquim Barbosa, pretendia finalizar a fase da dosimetria dos 25 condenados nesta sessão, mas os longos debates sobre as penas de Valério atrasaram este calendário.

A dosimetria será interrompida após esta quinta, já que Barbosa viajará para a Alemanha no dia 29 para submeter-se a um tratamento médico. O ministro tem um problema crônico no quadril e só retornará ao Brasil no dia 3 de novembro.

O julgamento será retomado no dia 7, já que a sessão do dia 5 de novembro foi transferida pelo presidente da Corte, Carlos Ayres Britto.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto