Pedro Taques: "eu, como senador, fui independente e sempre fui crítico dessa submissão do PDT ao PT", afirmou (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2015 às 11h30.
Brasília - Após a revelação das críticas do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao governo Dilma Rousseff, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), defendeu, na noite do domingo, 26, que o partido deixe a base aliada da petista.
"Há muito tempo venho dizendo isso e muitos fizeram ouvidos de mercador. Pena que só agora alguns entenderam, antes tarde do que nunca", afirmou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.
"Sinceramente não sei se isso (saída da aliança) é bom, quem ficou tanto tempo, não sei se tem direito de sair, mostra um pouco de uma postura oportunista", afirmou, sobre uma eventual ruptura com a saída do ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT).
O comentário de Taques, ex-senador, ocorre após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem ter divulgado que Lupi, em encontro com correligionários em São Paulo, disse que os petistas "roubaram demais" e que o PT "se esgotou".
"Eu, como senador, fui independente e sempre fui crítico dessa submissão do PDT ao PT", afirmou Taques. "Acredito na honestidade da presidente, mas erros foram praticados", completou.
O governador mato-grossense não é alinhado politicamente à direção partidária comandada por Lupi e tem recebido convites para trocar de partido.
Ex-procurador da República e professor de Direito Constitucional, Taques disse que gostaria de aproveitar a reunião do Diretório Nacional do PDT, marcada para o próximo dia 15, para falar sobre a discussão de um eventual pedido de impeachment de Dilma.
"Se for convidado no dia 15, vou me manifestar lá", disse ele, que não quis adiantar sua posição sobre o assunto.