Jair Bolsonaro: presidente também afirmou que conversará com Merkel nesta semana (Andre Coelho/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2019 às 09h37.
Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 10h15.
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai conversar com a chanceler alemã, Angela Merkel, mas disse que não sabe qual será o assunto. Segundo ele, foi Merkel quem pediu a conversa. "Está previsto o telefonema com a Merkel, sim. Ela começou com um tom, depois foi para a normalidade", disse o presidente na manhã desta sexta-feira (30).
Bolsonaro voltou a criticar o presidente da França, Emmanuel Macron, e afirmou que só aceitará conversar com ele se houver uma retratação sobre o francês ter dito que a internacionalização da Amazônia está em aberto. "Estou pronto a conversar com qualquer um, exceto nosso querido Macron, a não quer que ele se retrate sobre a nossa soberania da Amazônia", afirmou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.
Questionado se poderia aceitar recursos da Alemanha, que recentemente suspendeu recursos do Fundo Amazônia, Bolsonaro disse que pode conversar com qualquer país, e mencionou o presidente da França mais uma vez. "Qualquer recurso de um país ou outro a gente conversa. Agora, o Macron quer doar em nome do G-7. Isso não é verdade."
O presidente brasileiro não quis responder perguntas sobre ter apagado uma publicação na qual zombava da primeira-dama da França, Brigitte. Ele também disse que pediu ajuda ao presidente dos EUA, Donald Trump. De acordo com ele, o chanceler Ernesto Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro vão conversar com o presidente dos EUA e possivelmente trazer novidades.
"Talvez tenha uma novidade logo mais. O Ernesto e o Eduardo estão lá nos Estados Unidos. Talvez eles tenham algo para nos adiantar sobre a conversa com o Trump. Eu pedi para o Trump nos ajudar. O Trump tem dito também que não poderiam tomar uma decisão sem ouvir o Brasil. O Brasil é amigo de todo mundo, e eu sou diplomata. Eu sou uma pessoa afeta ao diálogo", declarou.