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PEC do teto beneficiará empresários, acusa deputada do PT

A deputada petista também questionou a imposição de um limite global para as despesas


	Deputada: empresários vão ter muitas benesses, se você restringe o gasto com políticas públicas, você amplia a demanda por saúde e educação privada
 (Facebook/ Erica Kokay/Divulgação)

Deputada: empresários vão ter muitas benesses, se você restringe o gasto com políticas públicas, você amplia a demanda por saúde e educação privada (Facebook/ Erica Kokay/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 16h50.

Brasília - A deputada Erika Kokay (PT-DF) acusou o governo de beneficiar empresários com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um teto de gastos pelos próximos 20 anos.

"A elite nunca teve Estado mínimo nesse país, tanto é que os empresários estão articulados com o presidente da República para fazer passar nesta Casa", disse.

"Empresários vão ter muitas benesses, se você restringe o gasto com políticas públicas, você amplia a demanda por saúde e educação privada. Por isso, estão aplaudindo essa PEC", emendou Erika.

A deputada petista também questionou a imposição de um limite global para as despesas e disse que o discurso de que o Congresso poderá elevar os gastos com saúde e educação é falacioso. "Se vai ter aumento acima da inflação para a saúde, vai tirar de onde? Da segurança?", questionou. Erika também indagou por que o governo não faz uma reforma tributária.

Antes, o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) defendeu a Operação Lava Jato e disse que isso mais o conjunto de reformas promovidas pelo governo vai dar ao Brasil "o conceito de um país sério perante o mundo".

"Esse conceito vai fazer com que o juro reduza, vamos ter mais linha de crédito", disse.

Erika é a quinta deputada a falar contra a PEC do teto de gastos. Ao todo, há 35 deputados inscritos, mas a base aliada pretende encerrar a discussão após a fala do 10º parlamentar (cinco a favor e cinco contra).

Esse pedido ainda terá de ser votado, mas é provável que seja aprovado diante da maioria governista.

Caso a discussão seja encerrada, a votação ainda será precedida pela fala de líderes. Segundo a secretaria da mesa da comissão, 11 lideranças já se inscreveram e terão 15 minutos cada para falar.

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