Pé de Meia: programa do governo Lula pretende evitar a evasão escolar de estudantes do ensino médio (Caiaimage/Sam Edwards/Getty Images)
Repórter da Home
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 14h24.
Nesta sexta-feira, 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta o programa Pé-de-Meia, que prevê o pagamento de uma bolsa de permanência no ensino médio para 2,5 milhões de estudantes de baixa renda (com renda familiar de até R$ 218 por pessoa).
O decreto estebelece um repasse total de até R$ 9.200 por aluno ao longo dos três anos do ensino médio, com o objetivo de reduzir as taxas de evasão escolar.
"O que queremos é envolver, numa cumplicidade educadora, a sociedade brasileira e, sobretudo, envolver pais e mães no processo educacional", afirmou Lula.
O Ministério da Educação (MEC) também informou que o investimento anual será de R$ 7,1 bilhões, com prioridade para estudantes de famílias cadastradas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e jovens beneficiários do Bolsa Família. O ministro Camilo Santana estima que a primeira parcela seja paga a partir de março de 2024.
"O grande objetivo é garantir o auxílio financeiro para que esses jovens permaneçam na escola e não tenham que optar entre ter um prato de comida e estudar, porque essa é uma idade que os jovens chegam que, muitas vezes, precisam trabalhar para ajudar a família. Não é questão de escolha, de opção, é questão de necessidade", detalhou o ministro.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário de quem conclui o ensino médio é 104% maior do que o de quem não concluiu.
A taxa de evasão no ensino médio é de 7,5%, são aproximadamente 480 mil jovens fora das salas de aula, segundo o Inep. O Pisa de 2022 revela que 73% dos estudantes de 15 anos ficaram abaixo do nível básico em matemática e 50% em habilidades de leitura. O ministro Camilo Santana enfatiza o compromisso do MEC com uma educação inclusiva e de qualidade, que não deixe ninguém para trás.