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PDT suspende deputados; Sem recessão técnica; MEC lança plano de parceria com setor privado 

Tabata Amaral: deputada foi suspensa da atividade parlamentar por 60 dias (Câmara dos Deputados do Brasil/Wikimedia Commons)

Tabata Amaral: deputada foi suspensa da atividade parlamentar por 60 dias (Câmara dos Deputados do Brasil/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2019 às 07h16.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 07h52.

PDT suspende deputados

O PDT decidiu nesta quarta-feira, 17, cumprir suas promessas e suspender os oito deputados federais que votaram a favor da Reforma da Previdência na primeira votação na Câmara. Entre os parlamentares afetados, está a jovem Tabata Amaral, que ganhou visibilidade ao questionar o então ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez e seu sucessor, Abraham Weintraub. A decisão foi tomada depois de reunião da executiva nacional, da comissão de ética e dos presidentes de movimentos sociais do partido. De acordo com o PDT, um processo disciplinar será instaurado contra os oito deputados que desrespeitaram a decisão partidária. Enquanto o processo é analisado, o que pode levar até 60 dias, os congressistas deixam de poder representar a legenda e de participar de comissões na Câmara.

Bolsonaro assume Mercosul

Em sua primeira participação em uma reunião de cúpula do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro defendeu uma revisão da tarifa externa comum e uma reforma institucional do bloco. No mesmo discurso em Santa Fé, na Argentina, o presidente também voltou a apoiar a candidatura de Mauricio Macri à reeleição. Em um raro momento de reconhecimento, Bolsonaro atribuiu os avanços para a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) aos esforços do governo anterior de Michel Temer. “Nosso governo tem mérito também, mas quero deixar claro aqui que o grande passo foi dado pelo governo que nos antecedeu, o do senhor Michel Temer”, afirmou. Durante a cúpula desta quarta-feira, 17, o Brasil assumiu a presidência rotativa do Mercosul. Em seu discurso, Bolsonaro afirmou seu compromisso com o fim dos regimes especiais dentro do bloco. “Ou as tarifas são comuns ou não são. Não queremos uma união aduaneira pela metade”, disse.

MEC lança plano de parceria com setor privado 

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quarta-feira, 17, um ambicioso programa de investimento privado para as universidades federais. Nomeada de “Future-se“, a proposta prevê o aporte de 102,6 bilhões de reais, em que menos da metade do recurso, 50 bilhões de reais, viria do orçamento público. O recurso para o programa virá de quatro fontes, segundo o MEC. Com um modelo baseado em uma série de dispositivos do mercado financeiro, a “carteira de ações” para o plano inclui 50 bilhões de reais de um fundo de patrimônio imobiliário (a União concedeu lotes e imóveis ao ministério para que sejam cedidos à iniciativa privada e o recurso adquirido, convertido ao fundo). Outros 33 bilhões de reais de fundos constitucionais, 17,7 bilhões de reais de leis de incentivos fiscais e depósitos à vista, 1,2 bilhão de reais de recursos da Cultura, como a Lei Rouanet, e 700 milhões de reais da utilização do espaço público. Segundo o MEC, antes da implementação do programa, a proposta passará por consulta pública por um mês. A adesão das universidades também será voluntária, já que elas continuarão a ter um orçamento anual, definido pela União. 

Oposição diz ter votos para barrar Eduardo em embaixada

A oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) no Senado conta os votos para barrar a indicação do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao posto de embaixador nos Estados Unidos. Nas cálculos do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na casa, seu grupo tem, hoje, os 41 votos suficientes para impedir a nomeação. Randolfe, entretanto, reconhece que a atuação do Palácio do Planalto pode mudar o cenário e avalia que o fato de o voto ser secreto beneficia o plano de Bolsonaro de emplacar seu filho no principal posto da diplomacia brasileira no exterior. Para evitar isso, ele planeja fazer com que os senadores que votarem contra anunciem seus votos — uma forma de constranger aqueles parlamentares que ficarem em silêncio. “O Senado deve cumprir seu papel e não passar por este constrangimento. O senhor Eduardo Bolsonaro não é da carreira do Itamaraty e não tem condições técnicas nem atributos para o cargo”, afirma Rodrigues.

Monitor do PIB afasta possibilidade de recessão técnica

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,5% em maio ante abril, segundo o Monitor do PIB divulgado nesta quarta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A alta quebrou uma sequência de três quedas mensais seguidas. Em relação a maio de 2018, o PIB cresceu 4,3%, mas o resultado foi contaminado pela fraca base de comparação, já que a atividade econômica de maio do ano passado foi atingida em cheio pela greve de caminhoneiros, que parou o País. Segundo a FGV, na passagem de abril para maio, o crescimento é “explicado, principalmente, pelo desempenho da agropecuária (1,3%) e da indústria (0,6%), com crescimento em todos os seus componentes”. O avanço praticamente afasta a possibilidade de retração na atividade econômica por dois trimestres consecutivos, o que configuraria o que os economistas chamam de recessão técnica. 

Fiesp: indústria paulista fecha 13 mil postos de trabalho em junho

Somente no mês de junho a indústria paulista fechou 13 mil postos de trabalho, informa a Fiesp, entidade que congrega as empresas do setor. O resultado significa uma queda de 0,61% em relação a maio. No entanto, mesmo com o fechamento dos 13 mil postos no mês passado, a indústria contabilizou saldo positivo no primeiro semestre, com a abertura de 2,5 mil vagas, um aumento de 0,11% sobre o semestre anterior. “A geração de emprego foi fraca no primeiro semestre, ficando abaixo das nossas expectativas. Esse resultado sinaliza que a indústria paulista deve ter fechamento líquido de vagas no ano de 2019″, disse José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp. Apesar de haver expectativa de um saldo negativo na geração de vagas para a indústria paulista este ano, Roriz destaca que a atividade econômica deve ganhar ritmo com o andamento das reformas que estão sendo promovidas pelo governo.

El Chapo é condenado à prisão perpétua nos EUA

O narcotraficante mexicano El Chapo foi sentenciado à prisão perpétua nesta quarta-feira, 17. A sentença foi anunciada após o Tribunal Federal Distrital do Brooklin ter condenado Joaquín El Chapo Guzmán ainda em fevereiro deste ano. Antes de receber a sentença, El Chapo falou perante o juiz por vários minutos. Ele disse que não recebeu um julgamento justo e reclamou da prisão federal na qual esperava pela sentença, chamando-a de “tortura psicológica e emocional”. Segundo o jornal The New York Times, o juiz Brian M. Cogan adicionou, além da pena perpétua e o acréscimo de 30 anos, o pagamento de uma restituição de 12.6 bilhões de dólares. Estima-se que o narcotraficante tenha uma fortuna de 14  bilhões de dólares. Ainda cabe a defesa de El Chapo recorrer da pena.

França quer julgamento da Air France por acidente em 2009

Promotores franceses querem que a Air France seja julgada pelo acidente fatal de 2009 envolvendo o voo AF447, entre Rio de Janeiro e Paris, que causou a morte de 228 passageiros e tripulantes de 34 nacionalidades, disse uma fonte judicial da França nesta quarta-feira, 17. A Procuradoria considera que a companhia aérea “foi negligente e imprudente” por não ter fornecido aos seus pilotos informações suficientes sobre o procedimento a ser adotado em caso de anomalias relacionadas às sondas que permitem controlar a velocidade da aeronave, após vários incidentes do mesmo tipo nos meses que antecederam o desastre, de acordo com sua recomendação datada de 12 de julho. Investigadores franceses apontaram que os pilotos do AF447 cometeram equívocos ao fazer a leitura na perda de velocidade de sensores que estavam bloqueados pelo gelo devido a uma tempestade, o que provocou uma perda de sustentação e a queda da aeronave. 

270 mortes confirmadas por chuvas na Ásia

As chuvas de monção já mataram mais de 270 pessoas no sul da Ásia, informou um novo balanço divulgado nesta quarta-feira, 17,  por autoridades de diferentes países afetados. As monções, que atingem este subcontinente de junho a setembro, são essenciais para a irrigação de cultivos e para o armazenamento de água de que os habitantes de Índia, Bangladesh, Paquistão e Nepal necessitam. A cada ano, porém, as chuvas também são acompanhadas de morte e destruição. Na Índia, quase 100 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra em diferentes partes do norte do país. Os estados de Bihar e Assam registraram mais da metade dessas mortes, com dezenas de milhares de pessoas deslocadas.

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