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PDT de Ciro define se apoia Haddad; PSOL e PSB já endossaram petista

A relação entre os partidos ficou estremecida durante a pré-campanha, com as movimentações de Lula de isolar o ex-governador do Ceará

Haddad e Ciro Gomes: “Temos que nos manifestar manifestando que Haddad é a alternativa menos gravosa”, afirmou Cid, recém eleito senador e irmão de Ciro Gomes

Haddad e Ciro Gomes: “Temos que nos manifestar manifestando que Haddad é a alternativa menos gravosa”, afirmou Cid, recém eleito senador e irmão de Ciro Gomes

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2018 às 06h23.

Última atualização em 10 de outubro de 2018 às 07h31.

Nesta quarta-feira, a Executiva Nacional do PDT, partido de Ciro Gomes, se reúne em Brasília para, como outros partidos já fizeram, decidir o posicionamento no segundo turno das eleições, marcado para o dia 28 de outubro.

A expectativa é que a legenda opte pelo o que o presidente da sigla, Carlos Lupi, chama de “apoio crítico” à candidatura de Fernando Haddad (PT). Jair Bolsonaro (PSL) não é opção. No último domingo, após o resultado da apuração, o então presidenciável Ciro Gomes respondeu “ele não, sem dúvida”, quando perguntado sobre o assunto.

Lupi foi na mesma linha. “As ideias de Bolsonaro não têm relação com a história do PDT. O partido daria um apoio crítico a Haddad, sem compromisso de ter cargos em um possível governo. Seria um apoio para ter independência ali na frente”, afirmou ao site g1.

Por enquanto, o Novo, o PP e o PSDB declararam a neutralidade na disputa. O PTB oficializou apoio a Bolsonaro, e o PSOL e o PSB, a Haddad (o PSB liberou os diretórios de São Paulo e Distrito Federal, onde disputa segundo turno). PPS e PRB ainda terão reuniões para definir suas posições.

O irmão de Ciro e recém eleito senador, Cid Gomes, disse ao Globo que o PDT precisa demarcar uma posição de que Bolsonaro e Haddad são ruins para o Brasil, mas que o candidato do PSL é “terrível” e o petista “é o menos pior”. Segundo Cid, sua sigla não vai participar das decisões da campanha petista, mas também não irá se omitir. “Temos que nos manifestar manifestando que Haddad é a alternativa menos gravosa”, afirmou Cid. A ideia é que Ciro, que ficou em terceiro lugar na disputa 12,47% dos votos válidos, não se desligue até o final do segundo turno.

A relação entre os partidos ficou estremecida já durante a pré-campanha com as movimentações petistas para isolar Ciro. O PT costurou um acordo com o PSB, partido que considerava apoiar o pedetista, para que ficasse neutro na disputa nacional. Deu certo e o PDT acabou coligado apenas com o Avante. Na ocasião, Ciro disse ter entrado na disputa sabendo que era “o cabra marcado para morrer”.

Após a divulgação dos resultados do primeiro turno, no domingo, Haddad ligou para Ciro para cumprimentá-lo. Segundo coluna da Folha de S.Paulo, Ciro atendeu com a saudação: “Presidente!”.

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