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PDT adia apoio a Marco Maia para presidência da Câmara

Líder do partido disse que adiamento não tem ligação com negociação por cargos na Mesa Diretora, mas voltou a pedir aumento maior do salário mínimo

O líder do PDT, Paulinho da Força, voltou a criticar o mínimo a R$ 540  (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O líder do PDT, Paulinho da Força, voltou a criticar o mínimo a R$ 540 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 14h19.

Brasília - Os novos deputados da bancada do PDT decidiram esperar mais alguns dias antes de declarar apoio à candidatura de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara. Após mais de duas horas de reunião na tarde de hoje (12), os parlamentares resolveram aguardar para ouvir as propostas de outros candidatos que já se apresentaram às lideranças do partido.

“A tendência é apoiar o Marco Maia, mas, como nem todos os deputados da bancada estavam aqui, decidimos não decidir hoje. A gente acha que esse jogo está começando agora, alguns colegas já nos procuraram apresentando candidaturas avulsas e achamos prudente esperar um pouco mais”, disse o líder do PDT na Casa, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP).

Ainda segundo ele, o partido está negociando cargos na Mesa Diretora da Casa, mas isso não influenciará a tendência de apoio à candidatura petista. “Não significa que não queremos [um lugar na Mesa Diretora da Casa], mas não estamos impondo nenhuma condição.”

Paulinho disse ainda que as centrais sindicais estão insatisfeitas com o espaço que estão tendo no governo após apoiarem a candidatura da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com ele, os sindicalistas decidiram enviar uma carta à presidenta pedindo que ela abra negociação sobre o aumento do salário mínimo. Eles querem que o valor suba para R$ 580, além de uma correção de 6,47% na tabela do Imposto de Renda e 10% de reajuste para os aposentados. Caso a presidenta não dê uma resposta sobre a correção do IR até segunda-feira, Paulinho disse que as centrais devem entrar com um “enxurrada” de ações judiciais sobre o assunto.

“Quem coloca a corda no pescoço dos trabalhadores é ela. À medida que ela não corrige a tabela, quem não teve aumento vai pagar mais imposto. Isso, na nossa opinião, é confisco do salário”, disse o deputado. Para ele, a presidenta também errou ao colocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para negociar o aumento do mínimo. Segundo Paulinho, o ministro “não tem jeito” para tratar do assunto e não é bem visto entre os sindicalistas.

Sobre o acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o reajuste do salário mínimo obedecesse a regra de somar a inflação do ano mais o Produto Interno Bruto (PIB) do país de dois anos antes, o deputado disse que ele não foi votado como lei e que deveria ter passado por uma revisão. Segundo ele, desde o início estava previsto que o acerto seria revisado a cada quatro anos, o que coincide justamente com este momento.

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