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Pazuello volta a afirmar que vacinação contra covid-19 começa em janeiro

Ministro da Saúde afirmou que o Brasil deve receber as vacinas contra covid-19 da AstraZeneca no início de 2021

Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 07h58.

Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 11h19.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, voltou a afirmar, nesta quarta-feira, que a vacinação contra a covid-19 no Brasil deve começar em janeiro, uma vez que o governo espera receber até lá as doses compradas junto ao laboratório britânico AstraZeneca.

"A partir de janeiro é a chegada das doses e, sim, começaria-se a vacinação. O cronograma assinado é dessa forma, podendo ser antecipado caso haja antecipação de datas. Nós temos o maior plano de imunização no mundo em termos de área abrangida e efetiva, vacinada", disse Pazuello em sua primeira entrevista após a efetivação no cargo.

Pazuello disse que o país já tem bem claro quais seriam os públicos alvos, dizendo que eles são "mais sensíveis" e já há uma linha de trabalho nesse aspecto.

"Quais são os públicos-alvo? Qual é a sequência? Isso faz parte de um plano que está sendo desenhado ainda”, observou.

Diferentes candidatas à vacina contra o novo coronavírus estão sendo testadas no país. Na semana passada, a principal aposta do governo federal --a vacina elaborada pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca-- teve testes interrompidos temporariamente após a ocorrência de um efeito adverso.

Os testes foram retomados nesta semana, inclusive com ampliação do número de voluntários no Brasil. O governo federal firmou acordo com a AstraZeneca para compra de até 100 milhões de doses da vacina e posterior produção local, após a mesma ser aprovada para aplicação na população.

Pouco antes da entrevista, no discurso durante sua efetivação no cargo, Pazuello afirmou que o Brasil está vencendo a guerra contra a Covid-19 e as atividades estão voltando ao normal, apesar de o Brasil ainda registrar um elevado número de óbitos por dia devido à pandemia.

O ministro afirmou que medidas adotadas pelo governo à frente da pasta conseguiram uma "estabilidade bem definida", com as Regiões Norte e Nordeste com queda confirmada e os Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentando tendência de redução.

Apesar de os dado apontarem uma redução nas últimas semanas, o número de mortes semanais pela Covid-19 no Brasil ainda está entre os maiores do mundo, com média de 715 óbitos por dia na última semana epidemiológica.

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