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Pazuello culpa entrega antecipada de vacinas a estados por atraso na distribuição

Em coletiva, o chefe da Saúde também afirmou que não há risco de falta de doses para a etapa inicial da vacinação nas próximas semanas

Eduardo Pazuello (Aurélio Pereira/Divulgação)

Eduardo Pazuello (Aurélio Pereira/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 21h43.

Depois de Estados registrarem atrasos no recebimento das vacinas contra a covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu entraves de logística para a distribuição dos imunizantes, que foi antecipada para esta segunda-feira, 18, a pedido de governadores, segundo ele. Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o chefe da Saúde também afirmou que não há risco de falta de doses para a etapa inicial da vacinação nas próximas semanas.

De manhã, Pazuello anunciou que a vacinação teria início já nesta segunda-feira a partir das 17h. Antes, o início da campanha estava previsto para quarta-feira, 20. O evento do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), realizado neste domingo, 17, com os primeiros brasileiros recebendo a vacina no País pressionou, contudo, Pazuello a antecipar a vacinação.

"Os governadores em comum acordo me solicitaram que eu acelerasse ao máximo a distribuição para que eles pudessem começar imediatamente ainda hoje", disse. A mudança na data impactou nos planos de voos, de acordo com o ministro. "Aquilo que era planejado até hoje às 8h da manhã para acontecer durante o dia está sendo encurtado para poder atender o pedido dos governadores", justificou.

O novo prazo foi anunciado em ato simbólico de distribuição dos imunizantes com a presença de governadores no Guarujá (SP). Após o evento, entretanto, secretários de saúde já foram alertados sobre possíveis atrasos. Nomeado para a vaga na Saúde justamente pela sua experiência em logística, Pazuello tem sido criticado por falhas nesse quesito.

Pazuello foi questionado nesta segunda sobre o plano do governo de realizar um evento no Planalto para marcar o início da campanha de vacinação, mas não respondeu e encerrou a coletiva. A ideia do governo era assumir o protagonismo na promoção da vacina no lugar de João Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro.

A cerimônia de vacinação da primeira pessoa no País promovida ontem por Doria logo após a aprovação do uso emergencial da Coronovac frustrou os esforços do governo, que marcou para hoje o ato com os demais governadores, vista como ato em tom de defesa de Pazuello.

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