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Pauta feminina domina agenda de Marina na 1ª semana

Segundo um interlocutor da campanha, agendas com o público feminino serão prioritárias nas viagens da ex-ministra

Marina Silva: é uma forma de a candidata mirar no eleitorado indeciso, que também é predominantemente feminino (Band/Youtube/Reprodução)

Marina Silva: é uma forma de a candidata mirar no eleitorado indeciso, que também é predominantemente feminino (Band/Youtube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 09h37.

Última atualização em 25 de agosto de 2018 às 17h52.

A pauta feminina passou a ser predominante na agenda imediata e nas redes sociais de Marina Silva, candidata da Rede à Presidência. Única representante das mulheres entre os principais candidatos ao Palácio do Planalto, Marina intensificou a abordagem desses temas após o último debate entre os presidenciáveis na TV, quando confrontou Jair Bolsonaro (PSL).

Durante a primeira semana da campanha eleitoral, a candidata participou de eventos em que mulheres estão presentes ou tornam-se o foco de sua fala. Segundo um interlocutor da campanha, agendas com o público feminino serão prioritárias nas viagens da ex-ministra.

Na segunda-feira, Marina esteve no Instituto Maria da Penha, em Fortaleza, onde disse que "compromisso de vida" é o combate às diferentes violências contra a mulher. Neste sábado, ela faz agenda de rua em Mauá com a militância feminina da Rede.

O posicionamento de Marina, mais assertivo quanto a pautas femininas, já vinha sendo desenhado - na revisão final das diretrizes do seu programa, ela fez questão de que políticas para mulheres, como crédito e creches, fossem destacadas em um capítulo próprio. 

Com poucos recursos e 21 segundos de tempo no rádio e na TV, Marina encontrou um nicho de eleitores. A estratégia está alinhada com a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, que mostra que cerca dois terços do eleitorado da candidata da Rede é feminino, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Além disso, é uma forma de a candidata mirar no eleitorado indeciso, que também é predominantemente feminino - 64% - e de baixa renda - metade ganha menos de dois salários mínimos.

A ex-ministra, contudo, nega o rótulo de feminista e se diz "defensora dos direitos das mulheres e contra qualquer forma de discriminação".

"A gente tem focado cada vez mais no público feminino também nas redes sociais. Além de elas representarem a maior parte dos indecisos, são as que mais têm a perder com retrocessos e Marina é a única candidata na eleição", disse o coordenador da campanha Lucas Brandão. 

A mobilização tem focado em treinar voluntárias para engajar grupos nas cidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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