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Paulo Skaf assume presidência da Fiesp pela 5ª vez e critica 'tarifaço' de Trump

Eleito com 99% dos votos, Skaf promete liderar a Fiesp rumo à redução das tarifas e à criação de mercados internacionais para as indústrias brasileiras

Paulo Skaf: 5ª vez presidente do Fiesp, Skaf afirmou que priorizará melhorar a competitividade das pequenas e médias empresas. (Valter Campanato/Agência Brasil)

Paulo Skaf: 5ª vez presidente do Fiesp, Skaf afirmou que priorizará melhorar a competitividade das pequenas e médias empresas. (Valter Campanato/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 5 de agosto de 2025 às 11h27.

Paulo Skaf foi eleito hoje, pela quinta vez, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A disputa ocorreu por meio de chapa única e ele recebeu 99% dos votos válidos. As informações são da GloboNews.

No discurso de vitória, ele, que liderou a entidade de 2007 a 2021, mencionou as tarifas impostas ao Brasil pelos Estados Unidos.

Skaf substitui Josué Gomes, que era presidente da entidade desde 2022. A posse foi marcada para o dia 1º de janeiro de 2026. No discurso, ele afirmou que a nova gestão priorizará melhorar a competitividade das pequenas e médias empresas.

“Vamos ter equipes que vão trabalhar de forma permanente para que a gente possa abrir novos mercados, explorar melhor os mercados, ter uma aproximação maior com os nossos clientes no exterior para poder vender mais, comprar mais, trazer investimentos para o Brasil, exportar mais, levar investimentos brasileiros para fora, especialmente ao mercado americano, que é importante para o Brasil”, afirmou.

Críticas ao 'tarifaço' e o papel da diplomacia empresarial

Em julho, Skaf se reuniu com empresários e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para falar sobre o tarifaço. “Não temos tempo. É um assunto que precisa ser resolvido com urgência”, disse. “Espero contar com a diplomacia oficial do governo brasileiro para encontrar caminhos rápidos para que a alíquota de 50% seja reduzida", disse após a eleição.

No discurso, ele ainda criticou a proposta do governo de aumentar a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), e defendeu a redução dos gastos públicos. Em julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a maior parte de um decreto do governo que elevou o imposto em diversas operações financeiras.

A medida foi alvo da Câmara dos Deputados e do Senado, que aprovaram um decreto legislativo que anulava a decisão do governo. No STF, Moraes, em decisão monocrática, decidiu manter o decreto federal. A Fiesp, entre outras instituições, foi autorizada a participar do processo para oferecer informações e opiniões técnicas sobre o caso, que ainda será discutido no plenário do STF.

Retorno de Skaf à presidência da Fiesp

Em 2024, o colunista do O GLOBO, Lauro Jardim, revelou que um jantar realizado em São Paulo em outubro já tinha sacramentado a volta de Skaf para a presidência da Fiesp. No encontro, 115 dos 120 sindicatos filiados à Fiesp apoiaram o retorno dele para a presidência da entidade.

Trajetória política de Skaf

Skaf foi candidato ao governo de São Paulo em 2010, pelo PSB, quando teve pouco mais de 1 milhão de votos e terminou em quarto lugar. Em 2014, já no MDB, teve 4,5 milhões de votos e chegou em segundo, atrás do atual vice-presidente Geraldo Alckmin, então no PSDB. Em 2018, em sua terceira tentativa para o Palácio dos Bandeirantes, chegou em terceiro. Saiu do MDB em 2022, quando se filiou ao Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas.

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