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Paulo Hartung, governador do Espírito Santo, decide deixar o PMDB

Embora faça críticas pontuais ao governo, Hartung não pretende migrar para a oposição

Paulo Hartung: "tenho muita vontade de migrar para uma organização partidária que tenha a ver com minha história de militância"

Paulo Hartung: "tenho muita vontade de migrar para uma organização partidária que tenha a ver com minha história de militância"

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 09h32.

São Paulo - Um dos sete governadores eleitos pelo PMDB em 2014, o economista Paulo Hartung, do Espírito Santo, decidiu deixar a legenda do presidente Michel Temer.

Embora faça críticas pontuais ao governo, Hartung não pretende migrar para a oposição, mas mudar para um partido do grupo político que espera lançar um nome da situação à Presidência em 2018.

Pelo menos duas portas foram abertas. O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, fundador do PSD, fez um convite e aguarda resposta. Mas o PSDB também está na fila.

"Vim de uma militância socialista, mas evolui minha maneira de entender o mundo. Evolui para uma posição de centro-esquerda e sou hoje um social democrata. Eu teria muito conforto em ir para um partido que tenha um projeto e um programa que tenha total compatibilidade com meu pensamento político", disse o governador à reportagem.

Sobre a possibilidade de participar da criação de um novo partido nesses moldes, Hartung prontamente descarta a ideia. "Não tenho tamanho para isso."

Questionado, então, se a compatibilidade com a social democracia sugere uma aproximação com os tucanos, Hartung desconversa.

"Tenho muita vontade de migrar para uma organização partidária que tenha a ver com minha história de militância", afirmou.

Histórico

A história de militância do governador, porém, permite diversas interpretações. Ele começou a carreira no PMDB e depois foi um dos fundadores do PSDB. Antes de voltar às origens em 2005, passou pelo PSB e PPS.

Faltando menos de dois anos para a eleição presidencial, a movimentação de Hartung pode ampliar a área de influência dos tucanos.

Como sinalizou que prefere disputar uma vaga no Senado em vez de tentar a reeleição, o governador teria de renunciar em abril ao comando do Estado, que tem um eleitorado de 2.716.371 pessoas. Em seu lugar assumiria o vice, César Colnago, do PSDB.

Neste cenário, o candidato do grupo ao governo seria o senador tucano Ricardo Ferraço, com o PSDB lançando uma chapa pura e com o controle da máquina pública.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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