Brasil

Paulinho e Aécio já falam em alinhamento em 2014

Tucano foi o primeiro dirigente partidário procurado pessoalmente por Paulinho, após a decisão da Corte Eleitoral em confirmar criação do partido Solidariedade


	Aécio Neves: "Acho que o Paulinho e eu temos algo em comum, que é a visão de que esse ciclo de governo do PT em benefício do Brasil precisa ser encerrado"
 (Pedro França/Agência Senado)

Aécio Neves: "Acho que o Paulinho e eu temos algo em comum, que é a visão de que esse ciclo de governo do PT em benefício do Brasil precisa ser encerrado" (Pedro França/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 17h22.

Brasília - Poucas horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a criação do partido Solidariedade, o idealizador da legenda, Paulinho da Força, se reuniu, na manhã desta quarta-feira, 25, com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

O tucano foi o primeiro dirigente partidário procurado pessoalmente por Paulinho, após a decisão da Corte Eleitoral. Na noite de terça-feira, 24, apesar das suspeitas de irregularidades na coleta das assinaturas, por um placar de 4 votos a favor e 3 contra, o TSE aprovou o registro do Solidariedade.

O encontro dos dois dirigentes foi acompanhado com exclusividade pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado e durou cerca de meia hora, no gabinete do senador, em Brasília.

Na saída, os dois trocaram amenidades, se trataram como "velhos amigos", e ressaltaram a possibilidade de se alinharem nas próximas eleições gerais de 2014. Atualmente, Aécio é o candidato presidenciável do PSDB.

"Acho que o Paulinho e eu temos algo em comum, que é a visão de que esse ciclo de governo do PT em benefício do Brasil precisa ser encerrado", afirmou Aécio Neves. O senador também ressaltou as afinidades entre o PSDB e a legenda recém-criada.

"E vejo que existe afinidade, sim. A boa política fala de alianças, alianças programáticas. É o que vamos construir daqui por diante para o processo político e democrático. A aprovação do Solidariedade é um ponto extremamente positivo e a minha expectativa é que possamos construir no futuro um projeto juntos, a favor do Brasil", reiterou o senador mineiro.

O tucano também comemorou a possibilidade de o Solidariedade tirar alguns parlamentares de legendas da base aliada do governo Dilma Rousseff. Entre aqueles que devem perder parte da bancada para o novo partido está o PDT e o PSD. Ambos os partidos detêm cargos no governo federal.

"Toda a ação do governo até aqui foi no sentido de permitir e fortalecer partidos que estão nas suas bases de apoio. O Solidariedade talvez seja a primeira iniciativa exitosa de um partido que não esteja automaticamente alinhado com o governo federal e isso tem que ser saudado por nós. A disposição que vejo do Paulinho é de se alinhar com um projeto de alternativa, de oposição, e ele é bem-vindo", frisou Aécio Neves.

Oposição

Paulinho ressaltou que se depender dele, o partido será de oposição à presidente Dilma Rousseff nas eleições 2014. "Tenho hoje grandes divergências com a presidente Dilma pelo não cumprimento das questões trabalhistas que ela se comprometeu, antes das eleições, e não cumpriu, abandonou as causas trabalhistas", criticou.

A atuação da nova bancada no Congresso deverá ser, no entanto, "independente". Integrantes do Solidariedade se reúne no início da tarde desta quarta em Brasília para acertar o processo de filiação e o estatuto.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesEleiçõesEleições 2014Paulinho da ForçaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas