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Patrimônio natural, Chapada dos Veadeiros arde em chamas

Incêndio já consumiu 35 mil hectares, cerca de 14,6% da área da reserva. Suspeita-se de que a queimada teve origem criminosa

Chapada dos Veadeiros: incêndio já comprometeu 35 mil hectares, cerca de 14,6%  da área da reserva. (Ramilla Rodrigues/ ICMBio/Reprodução)

Chapada dos Veadeiros: incêndio já comprometeu 35 mil hectares, cerca de 14,6% da área da reserva. (Ramilla Rodrigues/ ICMBio/Reprodução)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 11h57.

Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 12h08.

São Paulo - Um incêndio violento que atinge o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros desde a última terça-feira (17) já consumiu 35 mil hectares, cerca de 14,6% da reserva considerada patrimônio natural da humanidade. Mais de 200 pessoas estão envolvidas na operação de combate às chamas, que atravessam as fronteiras do parque e também atingem propriedades rurais da região.

Os principais focos de incêndio se localizam perto do Córregos dos Ingleses e no Jardim de Maytreia, importante ponto turístico da região, segundo boletim da Coordenação de Combate e Prevenção de Incêndios do Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio), órgão federal gestor do parque.

As condições climáticas prejudicam os esforços de combate.Ventos fortes, temperaturas acima dos 35 graus Celsius e nenhum sinal de chuvas contribuem para a expansão das chamas.

Neste final de semana, o combate foi reforçado com a chegada de brigadistas do Parque Nacional do Itatiaia (RJ), do Grupo Ambiental do Torto (GAT), da Estação Ecológica da Serra Geral (TO) e bombeiros de Goiás e do Distrito Federal.

Segundo Fernando Tatagiba, chefe do Parque Nacional, trata-se de um incêndio criminoso. “Alguém colocou fogo na vegetação dos dois lados da rodovia GO-118 e no interior de um aceiro, uma área desmatada que serve justamente como medida de prevenção de incêndios. Certamente se trata de uma pessoa que conhece a região e a nossa dinâmica de combate às chamas”, relata ao jornal Correio Braziliense.

O período próximo do fim da seca é especialmente perigoso devido ao acúmulo de vegetação seca, que torna as queimadas – intencionais ou não – mais violentas e difíceis de controlar, além de causar grande mortalidade de fauna e flora.

"Também significam grande prejuízo para a sociedade, como danos à saúde (doenças de pele e respiratória) e impactam negativamente na economia das cidades, já que o turismo é a fonte de renda de grande parte dos cidadãos", alerta em nota o ICMBio. O Parque Nacional continua fechado à visitação.

Nas redes sociais,  internautas, ONGs e entidades ambientais divulgam fotos e vídeos do desastre:

https://twitter.com/glen_rodrigues/status/922425691307696128

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