MPL: Eles protestam contra o reajuste (que foi suspenso pela Justiça) da tarifa dos bilhetes temporais (mensal e semanal) e da integração da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô (Facebook Movimento Passe Livre/Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 19h33.
O Movimento Passe Livre (MPL) iniciou, no final da tarde de hoje (19), a segunda manifestação do ano contra o aumento das tarifas do transporte coletivo na capital paulista.
Os manifestantes partiram dá Estação dá Luz, na região central da cidade, em passeata até a prefeitura, no viaduto do Chá, onde a manifestação deve acabar.
Eles protestam contra o reajuste (que foi suspenso pela Justiça) da tarifa dos bilhetes temporais (mensal e semanal) e da integração da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de São Paulo.
"Ao aumentar as tarifas em mais que o dobro da inflação, Dória e Alckimin penalizam a população mais pobre da cidade, que moram em lugares afastados por não ter condições de morar em regiões centrais. Esse aumento institui praticamente uma cobrança proporcional no sistema de transportes: paga mais quem percorre maiores distâncias. Tal lógica vai na contramão da condição de direito social do transporte público, reconhecido constitucionalmente", destacou o movimento, em nota.
Apesar da decisão da prefeitura e do governo do estado de elevar o preço das passagens - com o aumento de R$ 5,92 para R$ 6,80 na integração e de R$ 140 para R$ 190 no bilhete mensal - as tarifas estão com o valor congelado por determinação de uma liminar da Justiça.
Ontem, pela segunda vez, o Tribunal de Justiça (TJ) negou recurso do governo do estado, e manteve a decisão de primeira instância em vigor até o julgamento pelo colegiado do TJ.
Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que as tarifas de integração do Metrô e da CPTM foram alteradas e voltaram a ter o preço praticado antes do reajuste.
Segundo o órgão, "o atendimento da ordem liminar impacta financeiramente de forma drástica e prejudicial o sistema de transporte e os cofres do governo do estado".
De acordo com o governo paulista, se a decisão que proibiu o reajuste for mantida, o impacto financeiro em 2017 será de R$ 220 milhões.