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Passageiro diz a Lewandowski ter vergonha de STF e é encaminhado à PF

Segundo a PF, o advogado Cristiano Caiado de Acioli está sendo ouvido por um delegado mas ainda não há acusação formal contra ele

Ricardo Lewandowski: o ministro ficou incomodado ao ser interpelado por passageiro e retrucou: "vem cá, você quer ser preso?" Em seguida, mandou chamar a Polícia Federal (Nelson Jr./SCO/STF/Reprodução)

Ricardo Lewandowski: o ministro ficou incomodado ao ser interpelado por passageiro e retrucou: "vem cá, você quer ser preso?" Em seguida, mandou chamar a Polícia Federal (Nelson Jr./SCO/STF/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 16h05.

Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 18h19.

O advogado Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos, foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília após ter dito ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), sentir vergonha do STF, durante um voo de São Paulo para Brasília.

Segundo a assessoria da PF, Acioli está sendo ouvido por um delegado e ainda se encontra retido, embora não haja acusação formal contra ele.

No vídeo que circula em redes sociais, o advogado, sentado na primeira fila do avião, chama por Lewandowski, que mexia no celular na mesma fileira, e diz: "Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês".

Incomodado, o ministro pergunta ao passageiro: "vem cá, você quer ser preso?". Em seguida, Lewandowski manda chamar a Polícia Federal. O advogado retruca: "Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então".

Um agente da PF chegou a ir até a aeronave, mas após o advogado se comprometer a manter a calma, o voo seguiu seu curso. Após pousar em Brasília, entretanto, o advogado foi abordado próximo à esteira de bagagens e encaminhado a prestar depoimento.

A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete de Lewandowski no STF, que disse que não se manifestará sobre o episódio. Ao chegar ao tribunal nesta terça-feira (4) para a sessão da Segunda Turma da Corte, o ministro também não falou com jornalistas.

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