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Pascowitch avisa à CPI da Petrobras que ficará em silêncio

Comissão decidiu fechar a reunião sob o argumento de que, se insistir em ficar calado, ele poderá perder os benefícios da delação premiada

Silêncio: Milton Pascowitch em CPI da Petrobras (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Silêncio: Milton Pascowitch em CPI da Petrobras (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 14h02.

Brasília - O delator da Operação Lava Jato Milton Pascowitch informou à CPI da Petrobras que ficará em silêncio em seu depoimento.

Para pressioná-lo a falar, a comissão decidiu fechar a reunião sob o argumento de que, se insistir em ficar calado, ele poderá perder os benefícios da delação premiada.

"Na minha colaboração, existe uma condição que me impõe esse sigilo até mesmo na CPI. Mesmo que se transforme em reunião fechada, permanecerei em silêncio", explicou o delator.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) fez uma questão de ordem apontando que se a delação premiada já foi homologada, Pascowitch precisa depor.

O parlamentar disse que o delator corre o risco de perder os benefícios da colaboração premiada se não falar aos deputados, uma vez que para a Justiça ele já renunciou ao direito de ficar calado.

Se ainda assim Pascowitch mantiver o silêncio, as perguntas dos parlamentares serão registradas e ficará oficializado que o depoente não se pronunciou na CPI. Assim, os deputados poderão encaminhar à Justiça a solicitação de perdimento da delação premiada.

PT e PSOL votaram contra o fechamento da reunião.

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