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Partidos que apoiam Dilma não vão suar por ela, diz Aécio

Senador afirmou que vários partidos da base aliada não vão se esforçar pela vitória da petista


	Pré-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves: senador espera definir o nome do vice em sua chapa até 14 de junho
 (George Gianni/Divulgação)

Pré-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves: senador espera definir o nome do vice em sua chapa até 14 de junho (George Gianni/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 16h32.

São Paulo - O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira que vários partidos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff não vão se esforçar pela vitória da petista mesmo que formalizem apoio à candidatura dela à reeleição.

"Vários partidos políticos que hoje estão na base, pelas armas do governo, pela cooptação do governo, pela oferta crescente de espaços públicos, continuarão dando o tempo de televisão ao governo", disse Aécio a jornalistas após reunião em São Paulo, referindo-se ao horário gratuito de rádio e TV.

"Mas, certamente, não darão seu suor e os votos que têm porque mesmo muitos deles já estão cansados do governo", acrescentou.

Entre os exemplos citados, Aécio lembrou o PMDB, que vive uma relação turbulenta com a presidente Dilma, capitaneada pela bancada do partido na Câmara, e o PP, com quem os tucanos farão aliança regional, por exemplo, no Rio Grande do Sul.

Aécio disse que participará no próximo dia 24 do lançamento da candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao governo gaúcho.

Aécio afirmou ainda que espera definir o nome do vice em sua chapa até 14 de junho, data marcada para a convenção nacional do partido, que ocorrerá em São Paulo.

"A escolha do vice não é uma escolha do candidato, é do conjunto de forças políticas que nos apoiam. O dia 14 de junho é a nossa convenção e espero que até lá esta questão esteja decidida", disse.

O senador voltou a atacar a gestão de Dilma, classificando-a como um governo de improviso e incapaz.

"As duas marcas do governo --não vou nem entrar na crítica ética e moral que está presente na mente do povo-- são o improviso e a incapacidade de gestão", disse.

O pré-candidato do PSDB também aproveitou para criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que associou em artigo no jornal espanhol El País as críticas feitas à realização da Copa do Mundo ao ano eleitoral.

"Todos nós somos brasileiros e torcemos para o Brasil vencer as Copas. Grande parte das obras de mobilidade que eram compromisso do governo ficou pelo meio do caminho. Talvez seja um ex-presidente atormentado por aquilo que o ministro Gilberto Carvalho disse que o governo fracassou, falhou na execução de muitas obras", disse Aécio.

Apesar dos ataques a Dilma, o tucano não quis entrar em conflito com o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, que recentemente reforçou críticas da companheira de chapa Marina Silva a ele.

"Todo candidato tem o direito de escolher o melhor caminho. Quero trabalhar para encerrar o ciclo do governo que está aí, que perdeu o controle da economia, que paralisou o Brasil na infraestrutura e não nos permite mais avançar nos nossos indicadores sociais. Esse é o meu foco e não mudaremos a estratégia de campanha", disse.

Aécio participou em São Paulo da oficialização do ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia como coordenador-geral do programa de governo da campanha.

Também foi apresentado Fábio Feldman como coordenador setorial de meio-ambiente. A equipe de Anastasia será formada ainda por Carla Grosso, que será coordenadora-executiva do programa.

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