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Partidos políticos têm altos e baixos, diz Onyx sobre racha no PSL

Sobre o racha no PSL atrapalhar o governo, Onyx disse que a relação que o governo vem construindo com o Congresso é baseada nos interesses da população

Onyx-Lorenzoni (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Onyx-Lorenzoni (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 12 de outubro de 2019 às 13h41.

Questionado sobre o racha no PSL, o ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, afirmou que os partidos políticos têm altos e baixos. "Eu sou de outro partido, um partido que tem uma longuíssima história. Tenho 22 anos dentro do PFL/Democratas. E partidos políticos têm altos e baixos, dificuldades. Tudo isso faz parte de um amadurecimento", avaliou ele, em conversa com jornalistas no segundo dia da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em São Paulo.

Segundo Onyx, o PSL era um partido pequeno até outubro do ano passado. "O PSL saiu das urnas pela força do presidente Jair Bolsonaro como o maior partido brasileiro. Portanto, há um tempo de amadurecimento", avaliou.

Sobre a possibilidade de o racha no PSL atrapalhar o governo, Onyx disse que a relação que o governo vem construindo com o Congresso é em cima de projetos, com os interesses da população. "Graças a Deus, com bastante resiliência e paciência, a gente está vendo que o Parlamento está começando a entender", acrescentou o ministro.

Questionado se o DEM, partido ao qual Onyx é filiado, aceitaria o presidente Bolsonaro caso ele realmente deixasse o PSL, ele respondeu que não fala sobre questões partidárias.

OCDE

Lorenzoni afirmou que nada mudou em relação à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que essa é uma questão temporal. "Não mudou nada. Os Estados Unidos continuam apoiando a entrada do Brasil na OCDE, só que tem uma questão temporal. A Argentina pediu em 2016 e o Brasil só em 2017", explicou ele a jornalistas na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que será encerrada hoje em São Paulo, no Hotel Transamérica.

Segundo ele, os Estados Unidos respeitaram essa ordem e o Brasil será o próximo, conforme já sinalizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim que cumprir as formalidades necessárias. O que importa ao governo Bolsonaro, enfatizou o ministro, é, além de dar início ao ingresso do Brasil no clube dos países ricos, ter as práticas do grupo. Segundo ele, o Brasil já teve o reconhecimento de 82 itens de um total de 253 exigências para que esteja apto a integrar a OCDE. "Estamos em processo de reconhecimento e credenciamento de mais 66", informou.

Onyx disse que nesta semana, durante o Forum Brasileiro de Investidores, houve uma conversa com o secretário adjunto da OCDE, Ludger Schuknecht, que voltou a dizer que o organismo acompanha os movimentos do Brasil. "Reafirmamos que vamos continuar estreitando os laços. Vai chegar um momento em que, pelo tamanho da economia brasileira, a própria OCDE vai se preocupar em ter o Brasil na OCDE", complementou.

Indagado sobre o fato de a mesma situação já ter ocorrido no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro-chefe da Casa Civil, afirmou que a gestão do petista nunca se interessou por isso. "Foi um governo corrupto e de ladrões. Não falo sobre o governo Lula", rebateu.

Clima

"Pega o Acordo de Paris. Quem está mais perto de cumprir o Acordo de Paris? A França ou o Brasil? O Brasil", disse o ministro-chefe da Casa Civil, ao ser questionado por jornalistas sobre os novos dados de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostrou aumento de 96% no mês de setembro. Onyx pediu prudência com esses números e disse achar "admirável a imprensa brasileira fazer o jogo dos estrangeiros". "Precisamos de prudência com esses números, prudência com esses dados porque se não a imprensa brasileira ajuda ONGS com viés esquerdista a irem lá na Europa e dizer para não comer carne brasileira, para não comprar nada do Brasil. É isso que a imprensa quer? Acho que não deveria querer isso", retrucou Onyx.

Segundo ele, o Brasil é o País que mais preservou suas florestas nativas, diferente dos países europeus. "Qual país europeu pode nos mostrar isso? Nenhum", complementou, dizendo que falam apenas do Brasil no quesito do desmatamento porque, diferente de outros países, tem um "solo muito rico".

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