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Parque Tecnológico de SP começa a sair do papel

A obra na zona oeste da capital paulista será feita pela empresa de engenharia Incorplan, que venceu uma concorrência pública; o valor do contrato é de R$ 15,7 milhões

Geraldo Alckmin: a ideia do governo estadual é que o local concentre diversas empresas do setor de tecnologia, nanotecnologia e pesquisa  (Du Amorim/Governo de São Paulo)

Geraldo Alckmin: a ideia do governo estadual é que o local concentre diversas empresas do setor de tecnologia, nanotecnologia e pesquisa (Du Amorim/Governo de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 10h39.

São Paulo - Com um atraso de 11 anos, o governo do Estado assinou nesta terça-feira (8) o contrato para tirar do papel o Parque Tecnológico São Paulo-Jaguaré, prometido desde 2002.

A obra na zona oeste da capital paulista será feita pela empresa de engenharia Incorplan, que venceu uma concorrência pública. O valor do contrato é de R$ 15,7 milhões.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, as obras começarão ainda neste mês e, na próxima semana, mais detalhes sobre o projeto serão divulgados. A previsão é de que o local esteja pronto para ser inaugurado até o fim do ano, já que as obras devem durar dez meses.

A ideia do governo estadual é que o local concentre diversas empresas do setor de tecnologia, nanotecnologia e pesquisa - de nomes já consolidados no mercado até micro e pequenas empresas.

O Parque Tecnológico São Paulo-Jaguaré ficará em um terreno de 46 mil metros quadrados na altura do número 526 da Avenida Engenheiro Billings, na esquina com a Marginal do Pinheiros e bem ao lado da Cidade Universitária. Hoje, o local, em uma das áreas mais valorizadas da zona oeste de São Paulo, está abandonado.


Mudanças no projeto inicial do governo do Estado causaram o atraso de mais de uma década nas obras. No mesmo terreno funcionou até 2010 o Museu da Tecnologia de São Paulo - naquele ano, o museu foi desalojado às pressas e uma das justificativas era de que as obras começariam logo, o que não aconteceu.

À época, o acervo de 150 peças do museu - que contam a história do desenvolvimento tecnológico de São Paulo - foi doado em comodato ao Museu Catavento, no centro, onde estão até hoje. Avião, locomotivas e carruagens do século 19 estão entre os itens.

Mas, depois de quase três anos sem ser usado, o prédio onde o museu funcionou por quatro décadas, entre 1974 e 2010, já apresenta sinais de degradação.

Há rachaduras nas paredes, problemas de umidade e infiltração nos forros e rombos na cerca, que também apresenta sinais de ferrugem. Apesar dos seguranças que tomam conta da área, o tamanho do terreno sem uso também favorece a presença de usuários de drogas, como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou em uma reportagem no mês passado.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento afirma que o atraso se deu por causa de "readequações do projeto inicial", que previa a construção de uma Faculdade de Tecnologia (Fatec) do Centro Paula Souza no local - e não faz parte do novo projeto. 

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