Violência contra a mulher: “é daqui, da nossa capital federal, que podemos encorajar outros parlamentares do Brasil a também criar o grupo no seu estado”, disse o coordenador da Frente no Rio Grande do Sul (Agência Brasil/Arquivo)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 13h27.
Brasília - Políticos gaúchos e catarinenses cobraram hoje (13) a criação de uma Frente Parlamentar Mista no Congresso Nacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi pioneira na ideia – também presente em 51 Câmaras de Vereadores do estado, além da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Uma audiência pública, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, reuniu nesta quinta-feira representantes dessas frentes, de movimentos sociais e senadores.
“Queremos que o Senado e a Câmara possam ter também a Frente Parlamentar de Homens [pelo Fim da Violência contra as Mulheres] porque é daqui, da nossa capital federal, que podemos encorajar outros parlamentares do Brasil a também criar o grupo no seu estado, nas suas comunidades, para debater esse assunto e ajudar a fazer essa transformação da cultura machista”, disse o coordenador da Frente no Rio Grande do Sul, Edegar Pretto.
Segundo ele, os parlamentares precisam usar a tribuna para cobrar mais recursos e mais políticas públicas que combatam a violência contra a mulher. O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a importância da iniciativa, sobretudo por ser pioneira numa região culturalmente machista como é o Sul do país. Paim garantiu que, tão logo as assinaturas de adesão para a frente sejam recolhidas entre deputados e senadores, o grupo será criado também no âmbito do Congresso.
Durante a audiência pública no Senado o grupo reconheceu avanços do governo federal no enfrentamento da questão como a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Central de Atendimento à Mulher 180 e o Programa Mulher Viver sem Violência, mas por meio de uma carta reivindicaram mais delegacias especializadas de atendimento a mulher, além da instalação de juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, mais casas abrigo e centros e reeducação de agressores.
Edegar Pretto também pediu apoio dos parlamentares para que na Copa do Mundo o Brasil promova campanha de combate à violência contra a mulher. O deputado gaúcho tenta também uma audiência com o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, para debater o tema.