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Parlamentares avaliam suspender trabalhos por conta do novo coronavírus

Caso de coronavírus do secretário Fábio Wajngarten aumentou as preocupações no Congresso

Coronavírus: Bolsonaro fez teste e resultado será divulgado nesta sexta (13) (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Coronavírus: Bolsonaro fez teste e resultado será divulgado nesta sexta (13) (Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 12 de março de 2020 às 14h54.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 14h56.

Brasília — Parlamentares avaliam a possibilidade de interromper os trabalhos do Congresso até meados de abril por conta do novo coronavírus.

Segundo uma fonte, o tema está sendo estudado, mas o Congresso segue funcionando, por ora.

Para o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a decretação de pandemia, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), e a informação nesta quinta-feira que o secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten, integrante de comitiva presidencial em viagem aos Estados Unidos no fim de semana, testou positivo para o vírus, aumentaram as preocupações.

Outro integrante da comitiva na viagem internacional, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), participou na noite da quarta-feira de reunião no Congresso com os presidentes das duas Casas e os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Economia, Paulo Guedes, entre outros, adicionando ainda mais temores aos integrantes do Legislativo.

“Tem vários deputados falando isso, realmente, da necessidade de parar", disse Ramos à Reuters.

"Isso cresceu um pouco agora com essa confirmação do secretário de Comunicação do governo e do fato de que o senador Nelsinho Trad estava com ele na viagem e estava ontem naquela reunião que tinha uma série de deputados e senadores e o ministro Paulo Guedes e o ministro Mandetta. Então realmente já tem essa conversa", acrescentou.

Ramos ponderou, no entanto, que ainda não vê uma eventual paralisação dos trabalhos do Congresso "prosperar com o presidente Rodrigo Maia”.

Câmara e Senado adotaram na quarta-feira, medidas para a restrição de circulação e acesso de pessoas ao Parlamento.

Ramos, que preside comissão especial sobre proposta que permite a prisão após condenação em segunda instância, disse à Reuters já ter autorização do presidente da Câmara para não suspender os trabalhos do colegiado.

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