Saia justa: “Bolsonaro, pare com a destruição da Amazônia”, diz banner em frente a hotel do presidente. (Greenpeace/Divulgação)
Vanessa Barbosa
Publicado em 2 de abril de 2019 às 10h06.
Última atualização em 2 de abril de 2019 às 10h06.
São Paulo - Em visita oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro foi recebido com honras pelo premiê Benjamin Netanyahu no domingo, mas enfrentou criticismos ao chegar ao hotel onde está hospedado em Jerusalém.
A ONG ambientalista Greenpeace estendeu um grande banner com a mensagem, em inglês, "Bolsonaro, pare com a destruição da Amazônia" em frente ao local.
Entre agosto de 2017 e julho de 2018, foram derrubados 7.900 quilômetros quadrados de florestas na Amazônia brasileira, área maior que o Distrito Federal. O aumento no desmatamento, de 14% em relação ao levantamento anterior, foi o maior nos últimos 9 anos.
"Nós vamos lembrar o Presidente da importância da Amazônia a todo momento, sem descanso. Uma área correspondente a dois campos de futebol da floresta amazônica brasileira é desmatada a cada minuto. Trata-se de um patrimônio de todos os brasileiros que está sendo destruído. Isso é inaceitável e precisa ter um fim”, disse em nota Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.
Para a ONG, o governo de Bolsonaro está promovendo uma agenda de retrocessos na região, com as recentes decisões tomadas para a pasta ambiental, como a concessão ao Ministério da Agricultura da demarcação de terras indígenas, o esvaziamento Ministério do Meio Ambiente, os ataques às ações de fiscalização do Ibama e a liberação de áreas protegidas da Amazônia para a mineração.
Nesta terça-feira, em palestra com empresários em Israel, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil vive "novos tempos", sinalizando uma nova postura da política externa brasileira. Segundo ele, a rica biodiversidade brasileira possibilita novos negócios e parcerias para exploração, especialmente na Amazônia, com atividades mineradoras e agrícolas.