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Parâmetro para o ensino médio deve sair até o fim do ano

Com o novo modelo para o ensino médio, a previsão é de que os conteúdos da base ocupem 60% da carga horária total

Educação: para especialistas, MEC divulgar base do ensino básico e médio por etapas dificulta avaliação (monkeybusinessimages/Thinkstock)

Educação: para especialistas, MEC divulgar base do ensino básico e médio por etapas dificulta avaliação (monkeybusinessimages/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2017 às 10h36.

São Paulo - Adiada após a aprovação da medida provisória que reforma o ensino médio, a Base Nacional Comum Curricular para a última etapa do ensino básico deve ser apresentada e encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até o fim deste ano, segundo informou o Ministério da Educação (MEC).

Com o novo modelo para o ensino médio, a previsão é de que os conteúdos da base ocupem 60% da carga horária total.

Nos outros 40%, o aluno poderá escolher entre cinco áreas de aprofundamento: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens, Matemática e Educação Profissional.

Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a entrega parcial da base dificulta a análise das habilidades esperadas para os alunos até o fim do ensino fundamental.

"Quando se faz política pública e, especialmente, quando se monta um currículo que se pretende ser a base para todo o ensino básico, não é possível fracioná-lo, como o MEC está fazendo. Não é possível verificar se há progressão de conteúdo, ligação entre as propostas, quando há essa separação por etapa", disse.

Cara também destaca que a ligação do ensino fundamental ao médio se faz ainda mais necessária, pois os alunos terão carga horária menor de algumas disciplinas. Isso ocorrerá porque eles escolherão apenas uma trajetória de aprofundamento.

"Foi feita uma reforma do ensino médio que colocou os carros diante dos bois. Primeiro tem de saber o que se espera de habilidade dos alunos, por meio da BNCC, e depois fazer a mudança do modelo."

O MEC argumenta que os processos de reforma e construção da base continuam a correr de forma paralela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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