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Greve dos caminhoneiros tem paralisações pontuais pelo país

Justiça impede bloqueios na rodovia Presidente Dutra e na BR 101, no Rio de Janeiro; há obstruções parciais em estradas do Nordeste, informa Polícia Rodoviária

Greve dos caminhoneiros: bloqueios são esparsos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Greve dos caminhoneiros: bloqueios são esparsos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Carla Aranha

Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 12h19.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 12h28.

O movimento nas estradas continua, até o momento, relativamente normal. Afora alguns bloqueios pontuais, principalmente em rodovias do Nordeste, o fluxo segue sem grandes alterações, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério da Infraestrutura -- e também sem sinais aparentes de uma paralisação dos caminhoneiros de maiores proporções.

Entidades representativas da categoria, como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Nacional das Empresas Agenciadoras de Transporte de Cargas (ANATC), mantém, nesta segunda-feira, sua posição de não apoiar a greve.

Além disso, algumas das principais rodovias do país, como a Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e a BR 101, via de conexão entre o Rio e o Espírito Santo, permanecem abertas ao tráfego por ordem da Justiça. O descumprimento da medida acarreta no pagamento de multas.

O governo e a Polícia Rodoviária informam que continuam monitorando a situação nas estradas. Os boletins desta segunda-feira relatam que bloqueios parciais têm sido liberados com facilidade.

A ameaça de uma greve dos caminhoneiros capaz de parar o país chegou a preocupar o governo. No último sábado, o presidente Jair Bolsonaro renovou os apelos para que os caminhoneiros não cruzassem os braços.

O Palácio do Planalto também anunciou que estaria estudando medidas para reduzir a cobrança do PIS/Cofins sobre o diesel -- o combustível corresponde a quase a metade dos custos totais dos transportadores autônomos.

O Ministério da Economia ainda não se pronunciou a respeito. De qualquer forma, a operação não seria uma missão simples. Para acomodar uma eventual redução do imposto seria necessário compensar a queda na arrecadação com ajustes em outros tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou o Imposto sobre Transições Financeiras (IOF).

De acordo com o Palácio do Planalto, cada centavo abatido do PIS/Cofins custaria 800 milhões de reais por ano aos cofres públicos.

 

 

 

 

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