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Paralisação na Ceasa do Rio pode aumentar preço de alimentos

Os comerciantes decidiram paralisar em protesto contra o prazo dos novos contratos de permanência e uso dos 16 pavilhões da Ceasa


	Laranjas são expostas em banca de feira livre: uma reunião entre representantes da Ceasa e autoridades do MP-RJ está marcada para sexta-feira (12).
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Laranjas são expostas em banca de feira livre: uma reunião entre representantes da Ceasa e autoridades do MP-RJ está marcada para sexta-feira (12). (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 13h13.

Rio de Janeiro – O preço de frutas, legumes e verduras pode aumentar no Rio, devido a uma greve de comerciantes que começou hoje (10) nas 730 lojas das Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasa) de Irajá, na zona norte da capital fluminense e em São Gonçalo, na região metropolitana do estado. Até a meia-noite de amanhã (11), os boxes ficarão fechados.

Os comerciantes decidiram paralisar em protesto contra o prazo dos novos contratos de permanência e uso dos 16 pavilhões da Ceasa, que agora será de cinco anos e sem possibilidade de renovação, até a realização de uma licitação, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

Segundo o presidente da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio, Waldir Lemos, a greve não vai afetar o serviço de distribuição das mercadorias, no entanto, ele reconhece que pode haver alta no preço dos alimentos.

"Alguns vendedores ambulantes estavam comprando caixas extras de legumes e verduras e, com as portas da Ceasa fechadas, eles podem muito bem vender esses produtos a um preço maior, já que não terão concorrência," disse.

Ainda de acordo com Lemos, os comerciantes consideram o prazo dado pelo MP-RJ muito curto, se levado em consideração os investimentos que já foram feitos no local.

"Há 15 anos quando chegamos aqui na Ceasa, nós realizamos uma série de obras e melhorias nesse lugar. Foram milhões de investimentos por parte dos comerciantes e nós não podemos ficar aqui apenas por esse tempo. Nos outros estados existem prazos bem maiores e com chances reais de renovação", disse ele, citando o Espírito Santo – onde os contratos são de dez anos, prorrogáveis por mais dez; Minas Gerais, que tem contratos de 25 anos, prorrogáveis pelo mesmo período; e Goiás, Pernambuco e Brasília, onde o período estipulado é 15 anos, também com possibilidade de prorrogação.

Uma reunião entre representantes da Ceasa e autoridades do MP-RJ está marcada para sexta-feira (12).

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