Paralisação dos caminhoneiros: motorista avança sobre bloqueio e atropela bolsonaristas (AFP/AFP Photo)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de novembro de 2022 às 07h31.
Um carro avançou sobre um bloqueio na rodovia Washington Luís e atropelou militantes bolsonaristas, na tarde desta quarta-feira, 2, em Mirassol, no interior de São Paulo. Sete pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave. O homem que dirigia o veículo foi agredido pelos manifestantes e acabou detido pela Polícia Militar. O carro que ele dirigia, um Volkswagen Fox, foi depredado.
O bloqueio acontecia em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do último domingo, 30.
Policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar e do policiamento rodoviário negociavam a liberação da rodovia quando o carro se aproximou e não freou, atropelando o grupo, incluindo dois policiais militares.
As sete vítimas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol. Duas, em estado mais grave foram transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como tentativa de homicídio.
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O motorista do automóvel, que não teve a identificação divulgada foi agredido pelos manifestantes. O grupo atacou o veículo com pauladas e chutes, acabando por tombá-lo.
A prefeitura de Mirassol informou ter prestado socorro às vítimas através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros.
Em Piedade, região de Sorocaba, o piloto de stock car Sérgio Jimenez, que já foi campeão brasileiro em algumas modalidades, relatou ter sido vítima de agressão, nesta quarta, por um grupo de bolsonaristas que bloqueava a rodovia Raimundo Antunes Soares (SP-79).
Conforme relato em rede social, ele é empresário do setor de combustíveis e um caminhão carregado ficou retido no bloqueio. Quando tentou sair com o veículo, ele foi perseguido e fechado pelos carros dos bolsonaristas.
Além de atirarem pedras contra o caminhão, que teve o parabrisas estilhaçado, ele foi agredido com socos. "Trabalhamos com combustível, que é essencial, e acontecendo uma situação dessa, é um absurdo sem tamanho. Não importa se é Bolsonaro ou Lula. Todo mundo tem que acordar de manhã e trabalhar porque sem dignidade ninguém chega a lugar algum!", postou em rede social. A agressão aconteceu em frente à delegacia de Polícia Civil, onde Jimenez foi registrar a ocorrência do dano contra o caminhão.