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Paralisação dos caminhoneiros: Procuradoria dá 24 horas para PRF informar ações contra bloqueios

O órgão questiona o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, sobre as providências para "garantir a manutenção do fluxo nas rodovias federais

Paralisação dos Caminhoneiros: MPF questiona o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, sobre as providências (ANDERSON COELHO/AFP/Getty Images)

Paralisação dos Caminhoneiros: MPF questiona o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, sobre as providências (ANDERSON COELHO/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 18h51.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu na tarde desta segunda-feira, 31, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informe as medidas adotadas para desmobilizar os bloqueios de caminhoneiros nas estradas após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O órgão questiona o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, sobre as providências para "garantir a manutenção do fluxo nas rodovias federais". Também pede a relação completa dos trechos onde há interdições e as ações em curso em cada caso. O prazo para resposta é de 24 horas.

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Os ofícios são assinados pela subprocuradora-geral da República Elizeta de Paiva Ramos, coordenadora da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal (7CCR).

A Câmara também disparou ofícios aos procuradores-chefes do MPF. O objetivo é mapear As medidas tomadas para coibir eventual omissão da Polícia Rodoviária Federal.

Mais cedo, a PRF informou que atendeu 136 ocorrências em rodovias federais desde este domingo, 30. A corporação disse que desde que encontrou os primeiros bloqueios, "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo". O comunicado afirma ainda que as equipes estão negociando a liberação das estradas, "priorizando o diálogo", e observando o "direito de manifestação dos cidadãos".

A PRF também informou que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa na Justiça os interesses de órgãos do governo, para conseguir respaldo judicial "como forma de garantir pacificamente a manutenção da fluidez nas rodovias brasileiras". A AGU confirmou que vai entrar com as ações, mas disse que a PRF "pode atuar sem demandar autorização".

Concessionária EcoRioMinas registra quatro pontos interditados em MG e RJ

A concessionária EcoRioMinas informou que quatro pontos de rodovias administradas por ela estão bloqueados neste momento por manifestações de caminhoneiros. Três dos locais são na BR-116: km 76 na Serra de Teresópolis (RJ), km 589 na altura de Realeza (MG) e km 700 em Muriaé (MG).

Segundo a concessionária, o km 13,5 da BR-465, altura de Seropédica (RJ), também está parcialmente bloqueado. Nos quatro pontos, a EcoRioMinas diz que os manifestantes bloqueiam ambos os sentidos da rodovia, impedindo a passagem de caminhões. "Por uma faixa, eles permitem o fluxo de automóveis, ônibus, motos e ambulâncias que seguem nas duas direções da BR-116", afirma a concessionária.

O bloqueio no km 589 da BR-116 gera 5 km de congestionamento, segundo a EcoRioMinas. Já em direção a Governador Valadares, há 2 km de filas. Nos demais locais de bloqueio, não há engarrafamento.

A concessionária segue monitorando todo o trecho sob concessão e diz ter sinalizado os pontos de bloqueio para evitar colisões.

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