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Parada Gay no Rio leva milhares de pessoas à praia de Copacabana

Edição foi a primeira em 22 anos que não recebeu recursos municipais para pagar parte do desfile

Parada Gay no Rio: marcha conseguiu tomar as ruas com a contribuição de empresas privadas e cortando gastos (AFP/AFP)

Parada Gay no Rio: marcha conseguiu tomar as ruas com a contribuição de empresas privadas e cortando gastos (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 06h37.

Milhares de pessoas compareceram à 22ª Parada do Orgulho LGBTI neste domingo, lotando a praia de Copacabana apesar da resistência do prefeito Marcelo Crivella ao evento.

Com o evangélico à frente da Prefeitura, essa foi a primeira vez em 22 anos que a marcha LGBTI - lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex- não recebeu recursos municipais para pagar parte do desfile.

A marcha, contudo, conseguiu tomar as ruas com a contribuição de empresas privadas e cortando gastos: neste ano havia somente seis carros no desfile, abaixo dos 12 do ano passado, quando participaram 600 mil pessoas.

Artistas como Daniela Mercury e Pabllo Vittar fizeram shows durante a tarde, unindo música, dança e protesto.

"Hoje é um dia de resistência", disse o vereador David Miranda (PSOL-RJ). "Crivella tirou a verba da parada enquanto a cidade recebe muito dinheiro de volta.(...) Mostra que temos um governo intolerante com os LGBTs", criticou.

Em nota, a Prefeitura do Rio contestou a afirmação dos organizadores de que o desfile não teve qualquer apoio.

O texto informa que o município conseguiu via Lei Rouanet mais de R$ 1,7 milhão e o valor foi investido nas passeatas de Copacabana e Madureira.

A Prefeitura acrescentou que investiu quase 500 mil reais no aparato municipal para bloquear a Avenida Atlântica, onde ocorre o desfile e que disponibilizou serviços como o da Guarda Municipal, CET-Rio, Comlurb e secretarias de Saúde e de Assistência Social e Direitos Humanos.

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