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Para PP gaúcho, TSE anulará convenção do partido

Evento terminou em tumulto após a aprovação de resolução conferindo à executiva nacional o direito de deliberar sobre a aliança na eleição

Presidente do PP, Ciro Nogueira, durante a Convenção Nacional do partido em Brasília (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Presidente do PP, Ciro Nogueira, durante a Convenção Nacional do partido em Brasília (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 18h59.

Porto Alegre - O presidente do PP no Rio Grande do Sul, Celso Bernardi, afirmou nesta quinta-feira, 26, que confia na anulação da convenção do partido, realizada nesta quarta-feira, 25, em Brasília.

"Confiamos que a Justiça não dará validade a uma convenção antidemocrática que não respeitou os direitos dos seus convencionais", disse.

O evento terminou em tumulto após a aprovação relâmpago de uma resolução conferindo à executiva nacional do PP o direito de deliberar sobre a aliança na eleição para a Presidência da República, sem colocar em votação a opção de o partido se manter neutro na disputa presidencial, como defende o diretório gaúcho.

Enquanto os dissidentes protestavam contra a resolução, o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), fez uma breve reunião da executiva que aprovou a coligação com o PT.

Depois, em comunicado publicado na internet, o partido oficializou o apoio à reeleição de Dilma Rousseff.

Ontem mesmo, representantes do PP protocolaram uma ação cautelar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo uma liminar para suspender os efeitos da convenção em Brasília.

A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos, pré-candidata do PP ao governo do Estado, publicou em sua página do Facebook uma cópia da ação protocolada junto ao TSE.

"Entendemos que a decisão (sobre a coligação com o PT) não foi legítima, pois a maior parte dos convencionais não foi consultada. Por isso, juntamos provas suficientes para embasar a ação no TSE e buscar que o partido encaminhe sua decisão de forma democrática", disse Ana Amélia em post na rede social.

Em nota publicada ontem na página do PP na internet, Ciro Nogueira ressaltou que a decisão sobre o apoio à candidatura de Dilma Rousseff foi tomada em comum acordo com a maioria e que a discordância de dois diretórios estaduais (Rio Grande do Sul e Minas Gerais) faz parte do processo democrático.

O PP gaúcho, no entanto, alega que outros diretórios, como Santa Catarina, Rio de Janeiro e Goiás, também eram favoráveis à neutralidade. Segundo Celso Bernardi, se o processo tivesse sido mais transparente, a opção pela neutralidade teria saído vitoriosa. 

"Tiraram o nosso direito de voz e voto. Nem sequer temos candidato na chapa majoritária que concorre à Presidência da República. As eleições estaduais deveriam ser prioridade, mas o que vimos foi uma ode em defesa dos interesses de um pequeno grupo do partido. Sem dúvida saímos divididos dessa Convenção", afirmou.

No Rio Grande do Sul, o PP formou aliança com o PSDB de Aécio Neves. Ana Amélia teme que, com o apoio do partido ao PT no âmbito nacional, não possa usar a imagem do senador mineiro em sua propaganda eleitoral.

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