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Para polícia, espuma irregular foi responsável por mortes

Espuma não continha produto que retarda a queima do material, afirmou delegado


	Interior da boate Kiss, destruída após o incêndio que matou 235 pessoas na cidade de Santa Maria: partes da boate onde a espuma de revestimento não foi utilizada quase não foram queimadas, disse o delegado Arigony
 (REUTERS/Policia Civil)

Interior da boate Kiss, destruída após o incêndio que matou 235 pessoas na cidade de Santa Maria: partes da boate onde a espuma de revestimento não foi utilizada quase não foram queimadas, disse o delegado Arigony (REUTERS/Policia Civil)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 18h35.

Santa Maria - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul afirmou nesta quinta-feira que a rápida queima da espuma utilizada como revestimento acústico da boate Kiss, em Santa Maria, foi a responsável pelas 235 mortes na tragédia da madrugada de domingo.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Marcelo Arigony, as perícias realizadas no local demonstram, de maneira preliminar, que a espuma não estava protegida com um produto retardante, utilizado para que ela não queime tão rapidamente.

Segundo relatos, bastaram três minutos desde o início do fogo para que a fumaça se espalhasse pela boate.

"Se o material não fosse este, ninguém teria morrido. Teriam se machucado, se pisado", afirmou o delegado com um pedaço da espuma retirada da boate em mãos, em coletiva à imprensa.

Arigony já havia atribuído a tragédia a uma série de irregularidades.

O incêndio que matou 235 pessoas começou quando um integrante da banda que tocava no local utilizou um artefato pirotécnico.

A faísca atingiu a espuma, que queimou rapidamente liberando uma fumaça tóxica. Esta fumaça, segundo médicos, intoxicou as vítimas, em sua maioria jovens universitários.

"No local (da boate) onde não tinha espuma, quase não queimou", disse ele.

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