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Governo respira aliviado, mas segue em alerta após protestos

Governo pretende ampliar ações para evitar que protestos contra decisões do Congresso se alastrem contra presidente

Temer estaria preocupado com a “imagem arranhada” de Rodrigo Maia após mudanças nas medidas anticorrupção (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer estaria preocupado com a “imagem arranhada” de Rodrigo Maia após mudanças nas medidas anticorrupção (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 4 de dezembro de 2016 às 16h51.

Última atualização em 4 de dezembro de 2016 às 18h24.

Brasília - O presidente Michel Temer (PMDB) e sua equipe acompanharam atentamente as manifestações deste domingo (4)  e respiraram aliviados depois do que viram nas ruas. Mesmo assim, eles continuam em alerta.

Isso porque as manifestações de hoje miraram, principalmente, os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL). As críticas ao presidente ficaram em segundo plano. Mas sugerem que a atuação do Congresso pode, um dia, respingar na imagem de Temer.

“Os últimos passos de Renan [Calheiros], como a tentativa de votar o requerimento de urgência das medidas anticorrupção, chocaram a população e o colocaram no centro da crise. Nas manifestações deste domingo, Temer foi coadjuvante”, afirmou uma fonte próxima ao presidente.

Interlocutores do Planalto afirmaram que a meta agora é ampliar ações para evitar que a indignação contra decisões do Congresso atinjam o presidente.

O presidente estaria preocupado com a “imagem arranhada” do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após a reação da sociedade sobre as mudanças que desfiguraram o pacote anticorrupção na madrugada da última quarta-feira (30).

Uma crise em torno de Maia - que é um dos nomes mais próximos a Temer - preocupa o governo, já que ele seria o responsável por acatar ou rejeitar pedidos de impeachment contra o presidente.

Por meio de nota, Renan classificou as manifestações como legítimas e que devem ser respeitadas. "Assim como fez em 2013, quando votou as 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias, entre elas a que agrava o crime de corrupção e o caracteriza como hediondo, o Senado continua permeável e sensível às demandas sociais".

No mesmo sentido, Maia disse que recebe com atenção e respeitos as manifestações. “Manifestações desse tipo, em caráter pacífico e ordeiro, servem para oxigenar nossa jovem democracia”.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República destacou o comportamento pacífico e exemplar dos manifestantes e disse que "é preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população".

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