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Para não subir juros em 2011, governo precisa cortar gastos e amenizar crédito

Economista-chefe da Opus Gestão de Recursos diz que as expectativas de inflação no Brasil são muito influenciadas pelo cenário corrente

Professor Camargo diz que bancos públicos precisam desacelerar oferta de crédito  (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

Professor Camargo diz que bancos públicos precisam desacelerar oferta de crédito (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 11h27.

São Paulo - O governo Dilma precisa tomar duas providências para evitar que o Banco Central eleve os juros em 2011: cortas gastos e reduzir o ritmo de expansão do crédito, principalmente dos bancos públicos.

A avaliação é do economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, José Márcio Camargo, que participou nesta terça-feira (16) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Se o próximo governo aumentar o superávit primário para 3,3% do PIB sem arranjos contábeis e diminuir a velocidade de crescimento do crédito, não será necessário aumentar juros para manter a inflação próxima ao centro da meta”, diz Camargo, que não concorda com projeção de Selic em 12% no ano que vem apurada pelo boletim Focus.

O professor da PUC-Rio diz que “as expectativas de inflação no Brasil são muito influenciadas pela inflação corrente. Como a inflação corrente está subindo em parte devido ao aumento do preço dos alimentos e em parte devido ao fato de que o crédito e o mercado de trabalho estão em expansão, então a expectativa de inflação está aumentando. A grande dificuldade do Banco Central neste momento é controlar essas expectativas”.

Na entrevista, o economista José Márcio Camargo analisa a crise na Europa, a inflação na China e os impactos no mercado de commodities.

Clique na imagem abaixo para ouvir o programa “Momento da Economia”:

 

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