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Para ministro da Educação "vai ter Enem", apesar da determinação judicial

Ontem, a Justiça Federal de São Paulo determinou o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio em razão da pandemia do novo coronavírus

Abraham Weintraub, ministro da Educação: mais de 3,2 milhões de pessoas pediram isenção da taxa da prova e, deste total, 2,1 milhões de pedidos foram concedidos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Abraham Weintraub, ministro da Educação: mais de 3,2 milhões de pessoas pediram isenção da taxa da prova e, deste total, 2,1 milhões de pedidos foram concedidos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

NF

Natália Flach

Publicado em 18 de abril de 2020 às 11h51.

Última atualização em 18 de abril de 2020 às 12h00.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou as redes sociais para anunciar que "vai ter Enem". A postagem no Twitter contraria a determinação da Justiça Federal de São Paulo de adiar o Exame Nacional do Ensino Médio em razão da pandemia do novo coronavírus.

"Manter os atuais prazos e datas do calendário elaborado pelo INEP fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade", analisou a juíza Marisa Claudia Gonçalves Cucio, atendendo a um pedido da Defensoria Pública da União, ontem.

A primeira etapa digital estava agendada para os dias 11 e 18 de outubro. No primeiro dia, as provas seriam de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação, ciências humanas e suas tecnologias, enquanto no segundo seriam de ciências da natureza e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias. Já a aplicação de provas fí­sicas estava agendada para 1 e 8 de novembro.

Caso a decisão da Justiça seja cumprida, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní­sio Teixeira (Inep) e o ministério da Educação precisarão anunciar novas datas. Ao ser interpelado por uma usuária da rede social sobre o adiamento da prova, Weintraub escreveu que "estão tentando, como no ano passado".

Perguntado sobre as universidades federais que não têm aulas, o ministro respondeu que as que estão com o cronograma em dia "receberão mais recursos e serão premiadas".

Em entrevista ao UOL concedida antes da determinação judicial, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, havia afirmado que tinha a intenção de manter a aplicação para o mês de novembro. "No momento, como a gente tem conseguido cumprir todas as etapas [necessárias para a realização do exame], a gente permanece com o nosso plano A.

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